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Semana em África

2021: O ano das grandes expectativas

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Nesta programa, passamos em revista as mensagens dos presidentes dos países afro-lusófonos sobre o ano que passou e as suas expectativas para 2021. Por outro lado, revemos os acontecimentos que marcaram a semana.

O ano das expectativas depois de um 2020 de pandemia.
O ano das expectativas depois de um 2020 de pandemia. AFP - POOL
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Na mensagem de ano novo, o Presidente de Angola disse esperar que 2021 seja o ano da retoma da economia, do levantamento das cercas sanitárias, da retoma dos voos internacionais, da revitalização do turismo e do regresso às actividades desportivas e culturais, com a presença do público.

Na Guiné-Bissau, o Presidente Umaro Sissoco Embaló, agradeceu a confiança expressa em si pelos guineenses nas urnas e prometeu um novo ciclo a partir de 2021.

Em São Tomé e Príncipe, o Presidente Evaristo Carvalho reconheceu que o ano de 2020 "foi duro" e que a pandemia de covid-19 foi acontecimento "mais crítico na história" do país desde a independência. Evaristo Carvalho avisou que 2021 não será um ano de descanso e que "o desenvolvimento do sistema nacional de saúde é imperativo".

Em Cabo Verde, o Presidente Jorge Carlos Fonseca destacou o relativo sucesso no combate ao novo coronavírus. Já o Presidente moçambicano aliviou o estado de emergência para este final de ano com uma reabertura moderada da vida social.

 

Em Moçambique, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades anunciou, esta sexta-feira, que subiu para sete o número de pessoas que morreram na sequência da tempestade tropical Chalane que atingiu regiões do centro no meio da semana.

Por outro lado, no norte do país, a situação em Cabo Delgado está a alarmar as Nações Unidas. Myrta Kaulard, a coordenadora residente da ONU, descreveu uma situação humanitária extremamente crítica naquela província, palco de violência jihadista que provocou a fuga massiva da população.

Moçambique lamentou, esta semana, a morte do nacionalista Máximo Dias, político e advogado, fundador do Grupo Unido de Moçambique e do partido Monamo.

Por outro lado, o antigo deputado e delegado provincial da Renamo em Manica, Sofrimento Matequenha, raptado no dia 13 de Dezembro, foi encontrado morto numa mata, e com sinais de violência, numa aldeia do interior de Gondola, em Manica, a cerca de 60 quilómetros ao nordeste do local do seu sequestro.

 

Em Angola, o Procurador Geral da República, Hélder Pitta Gróz, anunciou, na terça-feira, que o Estado recuperou definitivamente, em dinheiro e bens, mais de cinco mil milhões de dólares num universo de 1 522 processos relacionados com a luta contra a corrupção.

Ainda em Angola, o Tribunal Constitucional chumbou o nome do presidente da Comissão nacional eleitoral, Manuel Pereira da Silva, que já tinha tomado posse perante o parlamento. Ainda na justiça, o presidente do Tribunal Supremo foi posto em causa pela associação de juízes angolanos que apelou à sua demissão.

 

Na Guiné-Bissau, o primeiro-ministro Nuno Nabiam pode vir a ser chamado à justiça por causa da sua actividade ligada à venda de madeira. A Polícia Judiciária está a investigar várias personalidades envolvidas no corte e venda de madeira extraída de forma ilegal.

Ainda na Guiné-Bissau, pelo menos quatro pessoas morreram e várias ficaram feridas em Nhoma, no centro do país, por causa de confrontos pela posse de arrozais ou “bolanhas”.

 

A vacinação em África contra a Covid-19 só deverá começar a partir de Abril devido a dificuldades de financiamento e escassez de doses das vacinas disponíveis, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana. Mas, na quarta-feira, a Guiné-Conacri começou uma campanha de vacinação experimental com recurso ao fármaco russo Spoutnik V. Uma das primeiras a ser vacinada foi Hawa Béavogui, ministra da Acção Social, que lembrou as vítimas mortais que a Covid-19 fez no país e apelou à vacinação.

 

No Mali, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, passou a noite de fim de ano com as tropas gaulesas da operação anti-terrorista Barkhane. Esta semana morreram mais três soldados franceses na operação, elevando para 47 o número de militares que morreram desde 2017 neste contexto.

Ainda no Mali, esta sexta-feira foram as exéquias de Soumaïla Cissé, grande figura política da oposição que morreu vítima da Covid-19 aos 71 anos, dois meses depois de ter sido libertado após meio ano nas mãos de jihadistas. Ele era um sério candidato à presidência no final do controverso período de transição na sequência do golpe de Estado de 18 de Agosto.

 

 

 

 

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