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Nova Direita de Ossanda Líber quer ser "ponte" entre PSD e Chega

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Após uma candidatura à Câmara de Lisboa e a deputada, Ossanda Líber ressurge na vida política portuguesa como fundadora do partido Nova Direita que situa entre o PSD e o Chega, defendendo quotas de imigração, mais contrução de casas e maior convicção nos valores ligados à família.

Ossanda Líber é a cabeça de lista e fundadora do partido Nova Direita que concorre pela primeira vez às eleições legislativas em Portugal.
Ossanda Líber é a cabeça de lista e fundadora do partido Nova Direita que concorre pela primeira vez às eleições legislativas em Portugal. © Catarina Falcao
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Ossanda Liber é a cabeça de lista e fundadora do partido Nova Direita, que no dia 10 de Março concorre às eleições legislativas em Portugal. Em 2021 concorreu à Câmara Municipal de Lisboa com o movimento "Somos Todos Lisboa" e em 2022 voltou à ribalta política ao ser candidata pelo partido Aliança ao Círculo da Europa. 

Em entrevista à RFI, a partir da sede do Nova Direita no centro de Lisboa, a candidata defende que o seu partido se posiciona politicamente entre o PSD e o Chega, estando disposta a servir de ponte entre estas duas forças para que a direita volte ao poder.

"Queremos representar uma série de pessoas que como nós tem essa visão de Portugal, dos valores, da família, etnão porque não criar um partido, na medida em que não havia nenhum em nos pudessemos inserir. E é aí que nos encontramos, com um PSD muito virado para a esquerda e um Chega que se torna inaudível, que faz o trabalho de protesto, mas não tem ideias de fundo para a resolução dos problemas", disse a candidata.

A Nova Direita quer assim "servir de ponte" à direita do espectro político português, acusando, no entanto, o Chega de não manter uma constância nas suas propostas, nomedamente no que diz respeito à imigração.

"O André Ventura oscila muito sobre o tema da imigração, chegou a ser muito duro e agora, de repente, perto das eleições, começa a suavizar o discurso. Ele não tem nenhuma solução concreta e nós achamos que é absurdo pensar que a imigração não é necessária, mas não pode ser de qualquer maneira. Precisamos de saber que pessoas são, que lacunas é que vêm preencher aqui? E como vão viver? E como é que o país as vai integrar. É por isso que achamos que é preciso uma selecção", declarou.

Uma das suas propostas com mais destaque é a imposição de quotas de imigração em Portugal tendo sobretudo em conta a "pertinência económica" e a "proximidade cultural" dos imigrantes. No entanto, a candidata refuta que estas propostas tenham qualquer carisma racista ou xenófobo.

"Nós não temos medo de falar de assunto nenhum. [...] Se falar sobre imigração é ser xenófobo, é ridículo. Nós falamos sobre os temas. É muito difícil atribuir-em qualquer caracterísitica xenófoba como é óbvio e eu sinto legitimidad eporque eu própria venho da imigração", indicou.

Ossanda Líber diz estar de acordo com a livre circulação na CPLP, mas que esta liberdade não deve servir apenas para facilitar a imigração para Portugal, devendo primeiro aprofundar a "cooperação económica" e as "trocas culturais" entre os países lusófonos.

Já para a habitação, um dos temas que mais preocupa os portugueses, em conjunto com um maior conhecimento sobre as casas devolutas que pertencem ao Estado e a revisão das zonas Reserva Ecológica Nacional que não permitem construção, a Nova Direita defende que se criem mais alojamentos.

"Não há casas? Tem de haver casas. A única lei que vigora  e funciona no mercado imobiliário é a procura e a oferta. Portanto se temos mais procura que oferta, temos que aumentar a oferta. O Estado pode intervir como quiser, mas os proprietários privados se não quiserem pôr as casas no mercado, não põem e não os podemos obrigar", concluiu.

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