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Trabalhadores em Portugal pedem respostas ao Governo e salário mínimo a 850 euros

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Uma série de greves têm marcado os últimos meses em Portugal, com os trabalhadores a pedirem melhores salários, que acompanhem a inflação que Fevereiro atingiu 8,2% no país, e o aumento do salário mínimo para 850 euros, como descreveu à RFI João Barreiros, membro da Comissão Executiva da CGTP.

A CGTP organizou no sábado passado um dos maiores protestos dos últimos anos em Portugal.
A CGTP organizou no sábado passado um dos maiores protestos dos últimos anos em Portugal. LUSA - TIAGO PETINGA
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Greve dos professores, greve na saúde, greve na justiça, greve da função pública, greve dos pilotos. Desde o final de 2022, quando a inflação se começou a agravar um pouco por toda a Europa e no Mundo, que os trabalhadores portugueses se têm batido por melhores condições de trabalho, com melhores salários e sobretudo um ordenado que lhes permita fazer face ao aumento generalizado dos preços, especialmente no âmbito da habitação.

No passado sábado, uma manifestação em Lisboa juntou milhares de pessoas num dos maiores protestos em Portugal desde os tempos da troika. Mesmo com o Governo a garantir que haverá aumentos salariais, a CGTP, maior central sindical de Portugal, diz que não vai baixar os braços até que o salário mínimo, actualmente em 760 euros, seja aumentado para 850 euros, segundo garantiu João Barreiros, membro da Comissão Executiva da CGTP, em entrevista à RFI.

"Os trabalhadores, além de exigirem o necessário aumento dos salários mínimos para 850 euros e um aumento geral de salários de 10%, num mínimo de 100 euros, exigem também acabar com a precariedade", disse o sindicalista.

A inflação e o aumento da habitação, não só com um grande aumento das taxas de juro, mas também das rendas, especialmente nas grandes cidades, tornam difíceis as condições dos trabalhadores portugueses.

"Em Portugal hoje, a questão da inflação tem um peso grande, é uma inflação de 8,2% no mês de Fevereiro, num país que tem uma realidade laboral marcada por baixos salários, grande precariedade, com a situação da habitaçaõ a ter grande peso na vida das populações, numa altura que se assiste a lucros astronómicos a serem acumulados por um conjunto de empresas e, ao, mesmo tempo falta de respostas do Governo", indicou João Barreiros.

Perante a mobilização da semana passada, o Governo português anunciou aumentos salariais, no entanto, a CGTP considera que esses aumentos não são suficientes e que nalguns casos se traduzem num acréscimo de três euros nalguns ordenados.

A CGTP aponta agora o dia 28 de março como o próximo dia de protesto, com os jovens trabalhadores portugueses a saírem à rua contra a precariedade e os salários baixos. A próxima grande manifestação de todos os trabalhadores portugueses está marcada para o 25 de Abril, data simbólica que marca o fim da ditadura.

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