O ministro angolano Tete António está hoje em Kinshasa e irá também ao Ruanda para lembrar os dois países do Roteiro de Luanda, que visa um caminho para a paz entre a Rpeública Democrática do Congo e a o Ruanda, e tentar "acalmar a situação" junto à fronteira que se tem intensificado nos últimos dias.
Milhares de manifestantes anti-Ruanda estiveram na segunda-feira no Leste da República Democrática do Congo, em Goma, numa altura em que os rebeldes do M23 se aproximam dos arredores desta cidade. Nos últimos dias, os rebedes tomaram as cidades de Kiwanja e Rutshuru, com o Governo congolês a expulsar o embaixador do Ruanda no Domingo.
Para os manifestantes que estiveram em Goma, a comunidade internacional tem tolerado o suposto apoio do Governo de Kigali ao M23, uma narrativa desmentida pelo Ruanda, com o Presidente Paul Kagame a anunciar no Twitter estar em contacto com António Guterres para chegar a um entendimento sobre a actual situação.
Few hours ago I had good discussion with the UNSG on the conflict in E.DRC. The ways and means to de-escalate...& address the issues to a peaceful end are with us building on the Nairobi,Luanda & other international efforts! We just have to commit ourselves to applying them!!!
— Paul Kagame (@PaulKagame) October 30, 2022
As tensões crescentes entre estes dois países, levam o ministro das Relações Exteriores de Angola, Tete António, a uma visita de urgência a Kinshasa e depois a Kigale esta semana, de forma a lembrar aos dois Governo o roteiro para a paz acordado com Luanda de forma a encontrar uma solução para estes dois Estados vizinhos.
"No âmbito do mandato que o Presidente de Angola, João Lourenço, recebeu da Cimeira da União Africana para facilitar o diálogo entre os dois países, portanto esta não é uma nova inciativa, é uma acção que se enquadra neste âmbito, tendo em conta os novos desenvolvimentos no terreno foi preciso irmos a Kinshasa e ao Ruando, portador de uma mensagem do Presidente da Republica tendo em vista acalmar a situação", explicou o ministro angolano em declarações à RFI.
Na segunda-feira, os manifestantes tentaram ocupar um posto fronteiriço, sendo depois dispersados pela polícia congolesa que atirou granadas de gás lacrimogéneo para desencorajar os protestos. Escolas, bancos e comércios fecharam completamente na segunda-feira em Goma.
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