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"Nova aventura da NASA" na Lua e mais tarde em Marte arranca no início de Setembro

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Artémis é a deusa da Lua na mitologia grega e em 2022 é o nome da missão da NASA que quer voltar a colocar o homem na Lua, tendo em vista a colonização de Marte. O início de "uma nova aventura" como relata o investigador Rui Agostinho.

O novo modelo de foguetão da NASA vai ser testado hoje pela primeira vez na missão Artemis. O ensaio de hoje é sem tripulação, mas daqui a 2 ou 3 anos a missão será tripulada por quatro astronautas.
O novo modelo de foguetão da NASA vai ser testado hoje pela primeira vez na missão Artemis. O ensaio de hoje é sem tripulação, mas daqui a 2 ou 3 anos a missão será tripulada por quatro astronautas. © NASA
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O primeiro teste da nova nave espacial vai acontecer a 2 de Setembro a partir do Centro Kennedy, na Flórida, após 11 longos anos de atrasos e recuos. A próxima fase, em 2024 ou 2025, é que este voo seja tripulado para começar depois a exploração da Lua, como explica Rui Agostinho, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em entrevista à RFI.

"Isto é o início da nova aventura da NASA. A primeira étapa, que é isso que será testado hoje, que é fazer o lançamento do novo foguetão com capacidade para enviar uma cápsula de quatro tripulantes para ir para a Lua. A tentativa de hoje não é tripulada", explicou o investigador português.

O lançamento deveria acontecer hoje, mas devido a percalços a nível técnico deverá agora acontecer no início de Setembro. Esta é a primeira fase de uma missão que já está prevista há 11 anos e terá um custo total de 93 mil milhões de dólares.

"O projecto é mais ambicioso do que ficar apenas pela Lua, o projecto global que existe na NASA e isso começou com a administração Bush que não era bem voltar à Lua, era pôr uma pessoa em Marte. Houve um atraso imenso, o último voo do Spaceshuttle foi em 2011 e por uma série de vicissicitudes neste programa todo de construção do novo foguetão, só será lançado agora", indicou Rui Agostinho.

Mas o regresso do homem à Lua, 50 anos após a última missão espacial ter aterrado na superfície lunar, é agora motivado também por razões comerciais, com a exploração da Lua a poder ser uma realidade próxima.

"O interesse da Lua é começar a explora-la do ponto de vista comercial. Já não se quer ir à Lua apenas para o estudo científico, obviamente é uma parte desta aventura, mas o interesse é começar a montar uma base lunar que possa ter alguma retribuição do ponto de vista comercial. Eventualmente começar a procurar água nos pólos da Lua, aquela que será mais fácil de extrair está nas crateras nos polos da Lua e tem duas finalidades: por um lado, alimentar as pessoas que existam nesta base lunar que está a ser preparada e, para além disso, a água se se fizer electrólise pode-se retirar hidrogénio e oxigénio para ser utilizado com combustível. Depois há a parte mineral, a exploração de terras raras e num futuro mais longíquo talvez seja rentável trazer para a Terra", detalhou Rui Agostinho.

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