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Ana França: “O desespero humano foi o que mais me marcou na Ucrânia”

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A invasão russa à Ucrânia entrou no 22° dia nos mesmos módulos que nos dias anteriores: bombardeamentos estratégicos nas cidades de Kiev, Kharkiv, Mariupol, ou Mykolaiv, esta última cidade estando situada perto da pérola ucraniana do Mar Negro, Odessa.

Ana França, que esteve exclusivamente em Lviv e no Oeste do país, estava marcada pelo desespero humano que viu nas pessoas que tentavam fugir da Ucrânia.
Ana França, que esteve exclusivamente em Lviv e no Oeste do país, estava marcada pelo desespero humano que viu nas pessoas que tentavam fugir da Ucrânia. © AP / Emilio Morenatti
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Entretanto prosseguem as negociações entre a Ucrânia e a Rússia. Segundo informações recolhidas pelo diário britânico “Financial Times”, um acordo poderá ser encontrado.

Esse acordo teria 15 pontos, entre eles a renúncia expressa da Ucrânia a uma futura adesão à NATO. Outra cedência exigida pelos russos é que a Ucrânia poderá manter um Exército próprio, mas deverá ser limitado e o país não poderá acolher bases ou material militar de outros países.

Se estas exigências são aceites, a Rússia vai cessar as hostilidades e retirar as suas tropas de todos os territórios ucranianos ocupados desde o início da invasão.

As negociações entre os dois países começaram na segunda-feira 14 de Março, e prosseguem nesta quinta-feira, quarto dia consecutivo, contrariamente às outras rondas de negociação que duraram apenas um dia.

Ucranianos, na estação de comboios de Lviv, tentam fugir para a Polónia.
Ucranianos, na estação de comboios de Lviv, tentam fugir para a Polónia. © KAI PFAFFENBACH/REUTERS

A RFI falou com Ana França, jornalista portuguesa do “Expresso, que regressou recentemente da Ucrânia.

Ana França, que esteve exclusivamente em Lviv e no Oeste do país, estava marcada pelo desespero humano que viu nas pessoas que tentavam fugir da Ucrânia.

A jornalista portuguesa também nos contou como viveu estes 15 dias em território ucraniano, as histórias que a marcaram, bem como a coragem do povo da Ucrânia, unido como nunca desde o início dos ataques do Exército de Vladimir Putin.

16:12

Ana França, jornalista portuguesa do Expresso 17-03-2022

Ana França, jornalista portuguesa do “Expresso”, poderá ir novamente para a Ucrânia caso se revele necessário.

A invasão russa à Ucrânia começou há 22 dias. Segundo a ONU, 700 civis morreram desde o início da guerra, e já há 3 milhões de deslocados que fugiram da guerra para outros países.

No que diz respeito às forças armadas de cada país, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky admitiu que 1300 soldados faleceram enquanto o único comunicado russo afirma que 498 soldados morreram na «operação especial na Ucrânia», segundo a expressão utilizada na Rússia, numa guerra de informação e de contra-informação.

Ucranianos manifestam em Lviv. Imagem de Arquivo.
Ucranianos manifestam em Lviv. Imagem de Arquivo. © AFP/Yuriy Dyachyshyn
19:02

CONVIDADA 17-03-2022 MM

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