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Ucrânia

Bombardeamentos russos contra prédios ucranianos em zonas residenciais de Kiev

Como tem sido habitual ao longo destes 21 dias da invasão russa à Ucrânia, as ofensivas do exército de Vladimir Putin começam de madrugada, pouco depois das 5h da manhã, hora local. Nesta quarta-feira os alvos foram prédios de habitações no centro da cidade de Kiev, a capital ucraniana, na zona de Shevchenkivsky.

Bombardeamentos russos contra prédios ucranianos em zonas residenciais de Kiev.
Bombardeamentos russos contra prédios ucranianos em zonas residenciais de Kiev. © via REUTERS - STATE EMERGENCY SERVICE
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21° dia da invasão russa à Ucrânia e segundo dia em que as ofensivas russas visam zonas residenciais em Kiev, esta madrugada, um prédio residencial de 12 andares no distrito central de Shevchenkivsky. Esses ataques já provocaram pelo menos quatro mortos e vários feridos.

Devido ao recolher obrigatório, ninguém pode circular na capital ucraniana, no entanto, imagens de um prédio em chamas foram divulgadas pelos serviços de emergência de Kiev.

Os ataques intensificam-se em Kiev e os habitantes da capital ucraniana estão cada vez mais preocupados com a ofensiva terrestre que poderá ocorrer. Tendo em conta essas preocupações, o Presidente da Câmara Municipal de Kiev, o antigo pugilista Vitali Klitschko, decretou um recolher obrigatório de terça-feira 15 de Março, 20h, até quinta-feira, 7h.

Perto de Kiev, em Hostomel, a cerca de 25 quilómetros da capital, violentos confrontos ocorreram entre as forças armadas russas e os ucranianos. De notar que a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, afirmou que uma explosão, nessa cidade, feriu uma menina que teve de ter o braço amputado.

Em Odessa, no Sul do país, há relatos de disparos contra o porto da cidade, provenientes de navios russos. A pérola da Ucrânia, porto internacional e terceira cidade ucraniana, prevê ser atacada pelas forças armadas russas nos próximos dias.

Quanto às negociações entre Moscovo e Kiev vão prosseguir nesta quinta-feira 16 de Março pelo terceiro dia consecutivo. O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deu um primeiro passo, na terça-feira 15 de Março, afirmando que a Ucrânia não poderia integrar a NATO, e realçou que as diferentes exigências de cada país, tendem a aproximar-se. No entanto, o Presidente russo, Vladimir Putin, mostrou-se pouco confiante quanto a um acordo, sublinhando que Kiev não quer encontrar «soluções aceitáveis» para pôr fim ao conflito.

De referir ainda que segundo a ONU, 700 civis morreram desde o início da guerra, e já há 3 milhões de deslocados que fugiram da guerra para outros países. No que diz respeito às forças armadas de cada país, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky admitiu que 1300 soldados faleceram enquanto o único comunicado russo afirma que 498 soldados morreram na «operação especial na Ucrânia», segundo a expressão utilizada na Rússia.

Informação e contra-informação

O governador de Mariupol denunciou que as forças armadas russas fizeram 400 reféns num hospital da cidade. Ainda segundo o governador, os russos estão a disparar pelas janelas para provocar uma resposta das tropas ucranianas, sabendo que há 400 pessoas dentro desse mesmo hospital.

No que diz respeito ainda às informações divulgadas por alguns meios de comunicação, mais de 100 autocarros com civis conseguiram deixar a cidade de Sumy, no Nordeste do país, através de um corredor humanitário organizado pela Cruz Vermelha na terça-feira 15 de Março.

Segundo outras informações recolhidas e divulgadas pelas autoridades de Kiev, um ataque dos militares ucranianos incendiou e destruiu pelo menos três helicópteros e veículos militares russos estacionados no Aeroporto Internacional de Kherson. 

Por fim, de referir ainda que segundo o serviço de emergência da Ucrânia, pelo menos 500 residentes de Kharkiv já morreram desde o início da guerra.

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Crónica de Marco Martins 16-03-2022

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