Acesso ao principal conteúdo
Convidado

Portugal: Activista angolano em greve de fome há 15 dias

Publicado a:

Tomás Kissamá de Castro, activista angolano que vive em Portugal, está em greve de fome há 15 dias em frente à Assembleia da República, em Lisboa. O activista denuncia as condições sociais "vulneráveis" em Angola e pede a intervenção do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, junto da União Europeia para que se enviem observadores para as próximas eleições presidenciais, de 2022.

Kissamá de Castro, activista angolano está em greve de fome há 15 dias em frente à Assembleia da República, em Lisboa, Portugal.
Kissamá de Castro, activista angolano está em greve de fome há 15 dias em frente à Assembleia da República, em Lisboa, Portugal. © Kissamá de Castro
Publicidade

A fazer greve de fome em frente à Assembleia da República portuguesa, o activista pretende obter uma resposta clara por parte do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. 

"Apelamos ao Presidente para intervir na União Europeia para enviar observadores justos, claros e transparentes para as eleições de 2022. Portugal tem uma palavra a dizer e pode fazer um papel extraordinário para os países PALOP, como árbitro da União Europeia", explicou.

Em entrevista à RFI, Kissamá de Castro falou também sobre a realidade social que se vive em Angola.

"Em pleno século 21, vemos pessoas a morrer de fome, vemos pessoas a não terem nada para comer, vemos pessoas a serem ignoradas na sua própria terra e vemos um governo ditatorial que mata jovens activistas. Por esse motivo, abri a greve de fome porque uma revolução africana tem de ser entendida numa revolução mundial", defendeu, referindo que as instituições europeias têm de perceber realmente o que está a acontecer em Angola, a nível social e político.

O também autor do livro “O Corno de África” salientou que a situação tende a piorar cada vez mais em Angola, se não forem adoptadas políticas para solucionar os problemas do país.

O activista deu o exemplo muito claro da região sul do país, local em que se vive um problema de escassez alimentar.

"Esse panorama de fome, de miséria extrema agrava-se a cada dia que passa em Angola. Os direitos humanos estão a ser quebrados no sul de Angola. A situação social é muito frágil. Vemos crianças a comerem no lixo, vemos pessoas a morrerem por não terem nada para comer", acrescentou.

Apesar das circunstâncias actuais, Kissamá de Castro acredita que o país tem recursos para ultrapassar esta crise social e reiterou o pedido de ajuda à comunidade internacional.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Ver os demais episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.