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FAO acredita em abrandamento da praga de gafanhotos em Angola no fim da época das chuvas

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As pragas de gafanhotos em Angola já chegaram à província de Benguela, afectando as regiões Centro e Sul do país, e ameaçam a segurança alimentar destas populações nos próximos meses, segundo relatou à RFI, Mpanzo Domingos, consultar da Organização das Nacções Unidas para a Alimentação e a Agricultura, no terreno.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) tem apoiado as autoridades angolanas no combate aos surtos de gafanhotos.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) tem apoiado as autoridades angolanas no combate aos surtos de gafanhotos. © ©FAO/Sven Torfinn
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Desde 2020, que as províncias do Centro e Sul de Angola têm sofrido com as pragas de gafanhotos, que dizimam as colheitas das populações locais. Uma situação que se vem juntar a condições meteorológicas extremas como seca prolongada ou cheias, criando assim uma situação de insegurança alimentar na região.

"As populações que se encontravam em alto risco foram recebendo ajuda por parte do Governo de Angola. O nosso temor é que nos próximos meses, quando as reservas alimentares diminuírem devido ao problema da seca, esse factor poderá contribuir para a redução dessas reservas [...] A pandemia, a seca e a praga têm causado algum constrangimento em termos de segurança alimentar", declarou Mpanzo Domingos.

Para acompanhar a situação destas pragas de insectos, o Governo angolano criou uma Comissão Multissectiorial onde colaboram diversos ministérios em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, também conhecida por FAO.

Há cerca de 300 pessoas no terreno que constituem brigadas de combate a esta praga e são auxiliadas com veículos todo o terreno e aviões, que procedem à pulverização das zonas afetadas com pesticídas.

Segundo Mpanzo Domingos, as autoridades estão também a apoiar as populações sempre que estas têm de se deslocar devido às pulverizações.

"Estamos a desenvolver um programa de evacuação das áreas afectadas, assim, quando se pretende fazer uma pulverização, e fornecer-lhes um meio de subsistência, protegendo o gado. Até que o intervalo de segurança seja respeitado e que as populações regressem às suas àreas de origem", explicou.

Segundo este especialista em segurança alimentar e agricultura, a praga estava originalmente confinada à província de Lubango, alastrou-se depois para Cunene e esta semana foi detetada em Namibe e Benguela.

Mpanzo Domingos estima que a praga deve abrandar após o fim da época das chuvas.

"Não se pode dar previsão clara, mas haverá uma redução da intensidade da praga em função do seu ciclo, normalmente os adultos levam 3 meses para desaparecer, mas podem deixar os seus ovos. Com o fim das chuvas possa haver um abrandamento da praga na região", concluiu.

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