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África/Gafanhotos

África Oriental: praga de gafanhotos põe em risco de fome 5 milhões de pessoas

Pior praga de gafanhotos nos últimos 70 anos afecta vários países da África Oriental e põe 5 milhões de pessoas em risco de fome, organizações humanitárias alertam para danos colaterais da Covid-19 no continente africano.

Homens tentam afastar um enxame de gafanhotos do deserto, que sobrevoam uma terra de pastagem na vila de Lemasulani, condado de Samburu, Quênia, 17 de janeiro de 2020.
Homens tentam afastar um enxame de gafanhotos do deserto, que sobrevoam uma terra de pastagem na vila de Lemasulani, condado de Samburu, Quênia, 17 de janeiro de 2020. REUTERS/Njeri Mwangi
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Quase cinco milhões de pessoas estão em risco de passar fome devido à quarta praga de gafanhotos do deserto que está a devastar as plantações da África Oriental, alertou hoje o Comité Internacional de Resgate - CIR)

A nova invasão destes insectos complica uma situação alimentar que já estava a ser agravada pela propagação da pandemia da COVID-19, que dificulta a aplicação de medidas para atacar o problema.

A praga, que chegou à África Oriental há um ano, arrasou centenas de milhares de hectares de plantações em pelo menos sete países, mas o novo surto pode gerar prejuízos oito mil vezes superiores aos do princípio deste ano.

"O gafanhoto do deserto é a praga migratória mais perigosa do mundo: um enxame de gafanhotos com um quilómetro quadrado é capaz de consumir a mesma quantidade de alimentos num dia que aproximadamente 35 mil pessoas”, explicou o diretor de Recuperação Económica desta organização humanitária, Barri Shorey.

O pior surto em 70 anos junta-se a um ano de seca e inundações, e agora uma pandemia de COVID-19 que impede que as pessoas trabalhem e plantem, o que coloca um risco sem precedentes para a segurança alimentar”, concluiu o responsável.

Em março, o Programa Alimentar Mundial - PAM - já tinha alertado, que a praga de gafanhotos na África Oriental desde o ano passado estava a aumentar e era a pior que o Quénia tinha enfrentado nos últimos 70 anos.

A praga estendeu-se depois a outros países como a Eritreia, Etiópia, Somália, Sudão do Sul, Tanzânia e Uganda.

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