Acesso ao principal conteúdo
Convidado

Guiné-Bissau: Jornalistas avisam não ter medo

Publicado a:

O jornalista e editor do blog Ditadura do Consenso António Aly Silva, que ontem foi sequestrado e espancado em Bissau, disse à comunicação social que se vive um estado de terror no país e que apesar de lhe terem cortado a língua, vai continuar a fazer o seu trabalho. 

Imagem de arquivo.
Imagem de arquivo. © Samuel Morazan por Pixabay
Publicidade

Na Guiné-Bissau, o jornalista e editor do blog Ditadura do Consenso António Aly Silva, que ontem foi sequestrado e espancado em Bissau, disse à comunicação social que se vive um estado de terror no país e que apesar de lhe terem cortado a língua, vai continuar a fazer o seu trabalho. 

As organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau condenaram o rapto e espancamento de Aly Silva e exigiram hoje a demissão do Procurador-Geral da República, do ministro do Interior e do secretário de Estado da Ordem Pública.

O PAIGC falou em acto "cobarde e bárbaro" contra Aly Silva o Madem-G15 condenou sequestro e espancamento do jornalista guineense e apelou para o respeito da liberdade de expressão no país e o PRS repudiou o ataque ao bloguista guineense. 

A comissão permanente da Assembleia Nacional Popular também condenou o ataque ao jornalista Aly Silva e exigiu que seja feita uma investigação.

Em entrevista à RFI, a presidente do Sindicato dos Jornalistas da Guiné-Bissau, Indira Correia Baldé, condenou a agressão feita ao jornalista Aly Silva. 

"O Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social condena com veemência este acto, que consideramos de cobarde, e que atenta contra a liberdade de imprensa e de expressão. Se alguém sentir-se lesado com alguma actuação de Aly Silva tem tribunais para recorrer. A lei dá esse direito, então a pessoa ou autor desta acção devia recorrer ao tribunal, pois é assim que se faz num mundo civilizado", explicou 

Indira Correia Baldé denuncia uma tentativa de silenciar os órgãos de comunicação social guineenses, todavia reitera que os jornalistas não têm medo. 

"Nós não temos medo, vamos fazer frente, isso não nos vai impedir de fazer o nosso trabalho. Somos jornalistas, somos fazedores de opinião, vamos continuar a fazer o nosso trabalho". O Presidente da República foi infeliz na tentativa de silenciar os órgãos de comunicação que não apresentem uma licença definitiva, porque na nossa lei não há licença definitiva. As licenças são provisórias e renováveis anualmente mediante o pagamento de uma taxa", salientou. 

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Ver os demais episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.