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Evan Cláver pintou os “contos populares” de Angola

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O artista plástico angolano Evan Cláver pintou os “contos populares” de Angola, histórias inspiradas por heróis anónimos de Luanda, para criar a série de pintura “Folk Tales”. O resultado pode ser visto no Camões – Centro Cultural Português, em Luanda, até 25 de Fevereiro, na primeira mostra individual do artista de 34 anos que cruza linguagens da pintura, cinema e fotografia com os ecos do quotidiano e do imaginário popular angolano.

Exposição “Folk Tales”, de Evan Cláver, patente no Camões – Centro Cultural Português, em Luanda, até 25 de Fevereiro.
Exposição “Folk Tales”, de Evan Cláver, patente no Camões – Centro Cultural Português, em Luanda, até 25 de Fevereiro. © Evan Cláver
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"Folk Tales" é a primeira exposição individual de Evan Cláver, um artista plástico angolano de 34 anos que estudou cinema e fotografia em Londres e que pinta desde criança. Evan Cláver pintou os “contos populares” de Angola, isto é, as histórias inspiradas por heróis anónimos de Luanda que cruzam linguagens da pintura, cinema e fotografia com ecos do quotidiano e do imaginário popular angolano. Entre sátira, costumes e tragédia, o artista expõe 28 obras com títulos que são poemas e que escreveu com o músico Paulo Flores.

“Folk Tales explora a memória colectiva angolana, explora os aspectos cómicos e trágicos da nossa vida urbana”, resumiu Evan Cláver à RFI, explicando que os heróis populares “são as pessoas da Baixa” de Luanda.

“Os nossos contos populares são essa memória colectiva: um senhor conhecido na rua que fazia sapatos é uma figura interessante; um bom bailarino numa festa; a velha que conta histórias; a polícia que dá corrida à noite… Isso é a nossa memória colectiva, são os nossos contos populares”, descreve.

“Folk Tales” são “uma colagem de aspectos urbanos, mas também de música, literatura” e para esta série o artista decidiu usar as cores da bandeira angolana, mas acrescentou o azul porque "falta um bocadinho de cor, de esperança” nas pessoas. “Esse azul vem como um céu, como uma chuva, como esse brilhozinho que é uma esperança em cor”.

Evan Cláver apresenta também a curta-metragem “Enóquio” que é “uma sátira ao Pinóquio”, com um personagem que “vai à procura de um coração” como tantas crianças nas ruas de Luanda e em vez de ser ajudado por uma fada é ajudado por uma prostituta.

A exposição ficará patente ao público até ao dia 25 de Fevereiro no Camões – Centro Cultural Português, em Luanda.

Nascido em Luanda em 1987, Evan Cláver estudou cinema e fotografia em Londres e no regresso à cidade-natal começou a trabalhar em televisão e também fez curtas-metragens. O artista já fez várias exposições colectivas, mas "Folk Tales" é a primeira individual. Neste momento, Evan Cláver está a gravar uma longa-metragem com o irmão Ery Cláver, argumentista do filme “Ar Condicionado”.

 

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