Alto e pára o baile ou não é bem assim? Fomos ver à ilha do Sal, em Cabo Verde, onde a situação de contingência devido à Covid-19 dita uma lotação mais reduzida de espectadores nos “shows” e a actividade de dança é vedada nas discotecas e clubes de dança transformados em "lounge bar". Mas como "vedar" a dança num país que vive dos ritmos? Reportagem na vila de Santa Maria.
O Sal dança mesmo se for proibido
Depois de vários meses parados, os músicos retomam alguns espectáculos nos cafés e hotéis da ilha do Sal. As medidas sanitárias ditam uma lotação mais reduzida e a actividade de dança é para evitar tendo em conta o risco de contágio por covid-19.
Fomos até um café ouvir um pouco de música ao vivo. Entre sorrisos e cervejas, os espectadores tentavam dançar sentados, mas nem todos resistiram…
Mateus Nunes, da banda Mateus Band, tem lutado para manter algumas apresentações em bares, restaurantes e hotéis, mas não tem sido fácil. A cultura é um dos sectores mais atingidos pelo impacto da pandemia de covid-19 e para os que vivem da música os tempos são de sobrevivência. Há males que vêm por bem e a crise acabou por unir os profissionais do sector em torno da Associação de Músicos do Sal, explica Amilton Évora, conhecido como Toicas Évora, o fundador e presidente da associação.
Enquanto dias melhores não chegam, os músicos prometem continuar a reinventar formas para enfrentar a crise sanitária e não deixar morrer a cultura.
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