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Israel

Milhares de manifestantes em Jerusalém exigem demissão de Netanyahu

Milhares de manifestantes juntaram-se ontem à noite junto do Parlamento israelita em Jerusalém para reclamar a demissão do Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Esta que era a segunda manifestação do género no espaço de dois dias, foi marcada por incidentes com a polícia.

Uma grande manifestação foi organizada junto à Knesset em Jerusalém, na noite do 31 de Março de 2024, para exigir eleições antecipadas.
Uma grande manifestação foi organizada junto à Knesset em Jerusalém, na noite do 31 de Março de 2024, para exigir eleições antecipadas. © Leo Correa / AP
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As manifestações de ontem à noite foram marcadas por uma intervenção vigorosa das autoridades. A polícia utilizou canhões de água para dispersar dispersar manifestantes que estavam a reclamar eleições antecipadas e o regresso dos reféns que ainda se encontram nas mãos do Hamas.

Praticamente seis meses depois do começo da ofensiva israelita em Gaza, expressa-se cada vez mais abertamente o descontentamento de uma parte da população face ao desempenho do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu.

As várias organizações por detrás das marchas avisaram desde já que vão sair às ruas de Jerusalém todas as noites nos próximos dias.

Nada indica todavia que haja uma mudança de estratégia por parte do chefe do governo israelita. Enquanto as manifestações decorriam, Benjamin Netanyahu disse em conferência de imprensa que "eleições agora, em plena guerra, iriam paralisar Israel por pelo menos seis meses. Iriam paralisar as negociações para a libertação dos reféns (...) e o primeiro a congratular-se seria o Hamas".

Noutra comunicação, o governo israelita reconheceu hoje que a guerra em Gaza provocou a morte de 600 soldados israelitas, para além das cerca de 1.160 vítimas do massacre perpetrado pelo Hamas a 7 de Outubro em Israel. O governo israelita estima que das cerca de 250 pessoas que foram também raptadas a 7 de Outubro pelo movimento armado palestiniano, 34 terão morrido, sendo que 130 ainda estariam retidas em Gaza.

Do lado palestiniano, segundo um novo balanço feito hoje pelo Hamas que controla a Faixa de Gaza, a resposta israelita provocou mais de 32.800 mortos no enclave cuja população está actualmente sob ameaça de "fome iminente", segundo as Nações Unidas.

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