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IDF deixa Al-Shifa

Exército de Israel abandona o hospital Al-Shifa, ao cabo de duas semanas de operações

Faixa de Gaza – As Forças de Defesa de Israel retiraram-se do maior hospital da Faixa de Gaza, o Al-Shifa, segundo um anúncio esta segunda-feira, do exército israelita, numa operação que durou duas semanas.

O exército israelita anunciou segunda-feira, 1 de Abril de 2024, ter deixado o hospital Al-Shifa de Gaza, numa operação que durou duas semanas.
O exército israelita anunciou segunda-feira, 1 de Abril de 2024, ter deixado o hospital Al-Shifa de Gaza, numa operação que durou duas semanas. AFP - -
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Num momento em que se mantém a ferocidade dos combates entre o Hamas e o exército de Israel, o ministério da Saúde do Hamas anunciou a morte de pelo menos 60 pessoas, na sua maioria civis, só nos últimos bombardeamentos noturnos israelitas, contra a pequena faixa de terra palestiniana, cada vez mais sob ameaça da fome.

Ao fim de duas semanas de operações militares, as Forças de Defesa de Israel decidiram retirar-se daquele que era, antes do início da guerra, o maior hospital da Faixa de Gaza, o Al-Shifa, segundo um anúncio esta segunda-feira, do exército israelita.

Retirada que provocou o afluxo a Al-Shifa, de centenas de habitantes de Gaza, que quiseram constatar com os seus próprios olhos, os estragos causados nos grandes bairros residenciais ao redor daquele estabelecimento hospitalar, situado bem no centro de Gaza.

O exército israelita declarou que durante os confrontos nas imediações do hospital, tinham sido mortos centenas de homens armados, capturadas armas e documentos de interesse.

Quanto ao Hamas e o pessoal médico, negam qualquer presença armada nos hospitais.

De acordo com a agência de notícias Reuters, imagens difundidas nas redes sociais mas cuja autenticidade estava por confirmar, mostravam corpos inanimados de palestinianos ao longo do chão do edifício, alguns alegadamente cobertos com tecidos sujos.

Entretanto, está prevista para esta segunda-feira uma reunião virtual entre os responsáveis israelitas e americanos, a propósito da ofensiva prevista por Israel em rafah, na Faixa de Gaza, de acordo com uma fonte israelita, uma semana depois da anulação por parte de Israel, da visita de uma delegação a Washington.

"A reunião está prevista hoje online e, talvez haja uma outra presencial, mais tarde, ao longo da semana", disse  sob anonimato, uma fonte à AFP.

O anúncio por parte de Israel de uma próxima ofensiva a Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza, onde se concentram mais de milhão e meio de Palestinianos, essencialmente deslocados, suscitou viva inquietação junto da comunidade internacional. 

Contráriamente ao inicialmente previsto, Israel decidiu-se pelo não envio de uma delegação sua a Washington, para discussões em torno do seu projecto de ofensiva contra Rafah, na sequência da abstenção dos americanos na ONU a 25 de Março, o que permitiu pela primeira vez a adopção de uma resolução exigindo um "cessar-fogo" imediato na Faixa de Gaza, mais de cinco meses depois do início da ofensiva israelita. 

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, opõem-se a toda a ofensiva de grande envergadura a Rafah, tendo o presidente Joe Biden pedido ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que enviásse uma delegação a Washington para consultas relativamente aos projectos de Israel em Rafah.

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