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Médio Oriente

China e Rússia chumbam projecto americano de resolução da ONU para cessar-fogo em Gaza

A China e a Rússia chumbaram o projecto americano de revolução no Conselho de Segurança reclamando um "cessar-fogo imediato e duradoiro" em Gaza. Este chumbo coincide com a deslocação esta sexta-feira do Secretario de Estado americano Antony Blinken a Israel, no intuito de obter concessões por parte de Netanyahu sobre a chegada de ajuda humanitária ao enclave, cuja população se encontra à beira da fome segundo as Nações Unidas.

Reunião do Conselho de Segurança da ONU. (Foto de ilustração)
Reunião do Conselho de Segurança da ONU. (Foto de ilustração) ©REUTERS/Shannon Stapleton
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O projecto americano de resolução que reclamava um "cessar-fogo imediato e duradoiro" de cerca de seis semanas, cujo objectivo era proteger os civis e permitir a chegada de ajuda humanitária foi chumbado pela China e pela Rússia. Um posicionamento que o embaixador russo junto da ONU explicou pelo facto de considerar que esta resolução era "extremamente politizada" e que ela daria luz verde a uma ofensiva terrestre de Israel em Rafah.

Logo após este veto, o Presidente da França, também membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, disse que iria tentar apresentar um novo projecto de resolução e " trabalhar com os parceiros americanos, europeus e árabes, neste sentido, para encontrar um acordo".

O chumbo da resolução americana coincide com a deslocação esta sexta-feira do chefe da diplomacia dos Estados Unidos a Israel, no âmbito de uma digressão regional que já o levou ao Cairo.

Durante esta visita que acontece numa altura em que Washington tem discordado cada vez mais abertamente com a estratégia israelita em Gaza, Antony Blinken avistou-se durante cerca de quarenta minutos com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.

Em cima da mesa esteve a necessidade de facilitar a chegada de ajuda humanitária aos habitantes de Gaza, até agora bloqueada pelos israelitas, tendo sido igualmente abordada a ofensiva terrestre que Israel tem a intenção de lançar em Rafah. Sobre este último assunto, Netanyahu disse ao chefe da diplomacia americana que "não tinha a possibilidade de derrotar o Hamas sem entrar em Rafah e sem eliminar os batalhões que lá permanecem", que "esperava fazê-lo com o apoio dos Estados Unidos", mas que "se fosse preciso, fá-lo-ia sozinho".

Entretanto, no terreno, o exército israelita continua a bombardear o hospital de al-Chifa, a mais importante unidade sanitária de Gaza, onde afirma ter morto mais de 150 combatentes palestinianos e detido centenas de suspeitos desde o começo da semana.

Na Cisjordânia onde também se tem relatado o recrudescimento da violência desde o passado mês de Outubro, Israel anunciou esta sexta-feira que iria apoderar-se de 800 hectares de terra naquele território, para lá instalar mais colonatos, uma anexação de uma importância inédita desde os acordos de paz de Oslo em 1993.

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