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Crianças

Mortalidade infantil no Mundo está a diminuir, mas UNICEF alerta para riscos persistentes

Um relatório da UNICEF publicado na terça-feira sobre mortalidade infantil indica que em média, em 2022, terão morrido no Mundo cerca de cinco milhões de crianças com menos de cinco anos, um número inferior a 2020. No entanto, esta organização avisa que a maior parte das mortes que ainda ocorre na mais tenra infância acontece em África e na Ásia e tem como principal causa a falta de cuidados neo-natais.

A mortalidade das crianças com menos de cinco anos diminuiu a nível mundial, mas a ONU avisa que certas partes do Mundo têm ainda um grande peso nas estatísticas.
A mortalidade das crianças com menos de cinco anos diminuiu a nível mundial, mas a ONU avisa que certas partes do Mundo têm ainda um grande peso nas estatísticas. AFP - -
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O facto de a mortalidade infantil até aos cinco anos estar a diminuir drasticamente no Mundo em geral é uma boa notícia, tendo em conta que no ano 2000, a taxa de óbitos era de 51%. A UNICEF estima no relatório lançado na terça-feira que em 2022, terão morrido entre 4,6 milhões a 5,4 milhões de crianças com menos de cinco anos, o número mais baixo desde que estes estudos começaram a ser levados a cabo, mas deixa vários alertas e diz que os progressos feitos a nível mundial são "precários".

Desde logo, o imapcto da mortalidade infantil é desigual. Há duas regiões no Mundo onde morrem muito mais crianças: a África Sub-sahariana e o Sudeste Asiático. Só nestas duas regiões foram recenseados 82% de todas as mortes de crianças com menos de cinco anos em 2022. A UNICEF aponta como principal razão a falta de cuidados neo-natais. Outros riscos que contribuem para estas estatísticas são a falta de vacinação e o diagnóstico precoce de doenças comuns na infância.

Assim, a UNICEF pede um maior investimento em profisssionais de saúde não só nos países mais pobres, mas também nos países com rendimentos médios, onde há muita desigualdade social. Estes profissionais devem ter uma visão local e estar estabelecidos nas comunidades, actuando logo nos primeiros 28 dias após o nascimento. Esta intervenção precoce podia ter salvo mais 150 milhões de cranças desde 2000.

Ainda segundo este relatório, crises como a covid-19 e conflitos armados contribuem também para a desigualdade da mortalidade infantil no Mundo. Em caso de guerra, segundo a UNICEF, as crianças até aos cinco anos estão entre as vítimas em maior número.

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