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Faixa de Gaza

Egipto constrói uma zona-tampão na fronteira com a Faixa de Gaza

Segundo informações avançadas pela Reuters e o Washington Post a 15 de Fevereiro, as autoridades egípcias estarão a construír uma zona de acolhimento de cerca de 20 kilómetros quadrados no Deserto do Sinai, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, destinada a refugiados palestinianos. 

Deslocados palestinianos, que fugiram das suas casas depois de bombardeamentos israelitas, estabeleceram um campo de tendas na fronteira entre Gaza e o Egipto, no sul do enclave, em Rafah, a 26 de Janeiro de 2024.
Deslocados palestinianos, que fugiram das suas casas depois de bombardeamentos israelitas, estabeleceram um campo de tendas na fronteira entre Gaza e o Egipto, no sul do enclave, em Rafah, a 26 de Janeiro de 2024. REUTERS - IBRAHEEM ABU MUSTAFA
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Durante semanas, o Egipto procurou reforçar a segurança ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, mobilizando soldados e veículos blindados. O Primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu afirmou várias vezes que iria proceder à retirada dos civis em Rafah, para proceder a um ataque terrestre de grande envergadura, sem nunca ter mencionado qualquer destino. 

Este plano foi criticado pelo Cairo, que temia que os civis que saíssem da Faixa de Gaza para o Egipto nunca pudessem voltar. Segundo informações do Financial Times, alguns líderes israelitas terão solicitado os seus homólogos europeus para fazerem pressão sobre o Egipto de forma a abrir as suas fronteiras.

O Washington Post e a agência Reuters noticiaram, a 15 de Fevereiro, através de imagens satélite, a construção de uma zona de cerca de 20 kilómetros quadrados no deserto do Sinai, destinada aos refugiados palestinianos. O Cairo mantém uma postura discreta, temendo, por um lado, pela sua segurança e, por outro lado, que esta operação seja vista como uma ajuda a Israel na deslocação permanente dos palestinianos de Gaza. 

Tsahal procede a operação de retirada forçada do hospital Nasser 

Esta quinta-feira, 15 de Fevereiro, as forças israelitas levaram a cabo uma operação militar no hospital Nasser em Khan Younis, em que terão atacado o departamento de ortopedia. Pelo menos cinco pessoas morreram durante a operação, segundo um porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas, Ashraf al-Qudra, que suspeita da morte de outras nove pessoas. 

O exército israelita afirmou a 16 de Fevereiro ter detido "mais de 20 terroristas" no hospital, precisamente a razão pela qual, segundo as autoridades israelitas, procederam ao ataque. 

A operação começou na quinta-feira "quando uma retroescavadora militar israelita destruiu o portão norte do hospital, forçando as pessoas deslocadas a sair", descreveu a organização Médicos Sem Fronteiras, que continua de alertar para o facto de os civis não terem para onde ir.

Plano de paz 

Os Estados Unidos e vários países árabes querem apresentar, dentro das próximas semanas, um plano para a paz entre Israel e a Palestina que inclua uma calendarização para a criação de um Estado palestiniano. Benjamin Netanyahu rejeitou a ideia, afirmando que tal iniciativa seria como uma "enorme recompensa ao terrorismo".  

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