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Equador

Dezenas de detenções após tentativa de ataque contra hospital no Equador

Dezenas de pessoas foram presas no domingo no Equador durante uma tentativa de ataque contra um hospital da província de Guayas, no sudoeste deste país que tem estado a ser abalado pela violência dos gangues em guerra aberta com o poder. Isto sucedeu no próprio dia em que os países andinos, reunidos em cimeira no vizinho Peru, estabeleceram uma estratégia de apoio mútuo para lutar contra o crime organizado.

Destacamento de forças de segurança perto da prisão de onde fugiu Jose Adolfo Macias, também conhecido como El Fito, no início do mês, dia de Janeiro em Guayaquil, no Equador.
Destacamento de forças de segurança perto da prisão de onde fugiu Jose Adolfo Macias, também conhecido como El Fito, no início do mês, dia de Janeiro em Guayaquil, no Equador. REUTERS - HENRY ROMERO
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A polícia equatoriana anunciou a detenção de 68 homens pertencentes a uma organização criminosa que pretendiam tomar o controlo de um hospital onde se encontrava um dos membros do grupo. "Nós neutralizamos suspeitos de terrorismo, que estavam a tentar tomar o controlo das instalações de um hospital em Yaguachi", indicou a polícia nas redes sociais.

De acordo com as autoridades, o grupo pretendia "proteger um membro da sua organização que estava ferido" e que tinha acabado de ser admitido naquele hospital no início da manhã.

Também ontem, durante uma operação policial, foram aprendidas 10 toneladas de droga, nas imediações da cidade de Vinces na província de Los rios, no oeste do país.

Isto aconteceu numa altura em que se realizou, neste domingo em Lima, no Peru, uma cimeira regional de emergência reunindo o país hóspede juntamente com o Equador, a Bolívia e a Colômbia, para abordar o combate ao crime organizado.

No âmbito desta cimeira, os participantes estabeleceram a criação da primeira "rede andina de segurança" contra o crime organizado.

De acordo com a declaração oficial deste encontro, a referida rede garantirá "um serviço 24 horas por dia, 7 dias por semana, para fornecer e receber informações e/ou solicitar informações a outros países (...) sobre as actividades dos grupos criminosos que têm, ou podem ter, operações transnacionais".

Refira-se que desde o começo do ano, o Equador está mergulhado numa guerra aberta entre os gangues de narcotráfico e o poder. Uma situação perante a qual o Presidente Daniel Noboa decretou o estado de emergência e declarou o país "em guerra interna" contra os gangues que qualificou de "terroristas". Neste quadro, foram destacados para o terreno mais de 20 mil militares.

Considerado no passado como sendo um país relativamente seguro, o Equador tem vindo nos últimos cinco anos a transformar-se numa plataforma de trânsito da cocaína para a Europa. Este fenómeno somado à pobreza galopante, fez com que a taxa de homicídios no país tenha passado de 6 para 46 por 100 mil habitantes no ano passado.

A 9 de Janeiro, alguns dias depois de se evadir da prisão um dos mais importantes traficantes de droga do país, a televisão pública foi atacada em pleno directo por homens fortemente armados. Uma semana depois, o procurador antimáfia que tinha sido encarregado de investigar esta ocorrência foi morto a tiro em plena luz do dia no centro de Guayaquil, no sudoeste do país.

 

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