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Faixa de Gaza: Blinken quer preparar o pós-guerra, mas bombardeamentos não param

Esta quarta-feira, Blinken reuniu-se com o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, para abordar o pós-guerra, ainda que o encontro aconteça horas depois de a Faixa de Gaza ter sido alvo de intensos bombardeamentos. Na véspera, Blinken pediu aos dirigentes israelitas para abrirem caminho à criação de um Estado palestiniano no final da guerra.

Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, Ramallah, 10 de Janeiro de 2024.
Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, Ramallah, 10 de Janeiro de 2024. REUTERS - EVELYN HOCKSTEIN
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O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, continua o seu périplo pelo Médio Oriente para evitar que a guerra alastre a outros pontos da região. Uma nova etapa surpresa foi hoje anunciada: o Bahrein.

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, encontrou-se, na manhã desta quarta-feira, com o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada. Blinken levou na agenda o tema do pós-guerra, ainda que, durante a noite, o sul da Faixa de Gaza tenha novamente sido alvo de intensos bombardeamentos.

Na véspera, Antony Blinken disse, aos líderes israelitas que, apesar da guerra na Faixa de Gaza, uma normalização das relações com os países da região é possível se Israel criar condições para a criação de um Estado palestiniano. Uma solução de dois Estados para retomar o processo de paz foi mesmo a mensagem recolhida nas reuniões que Antony Blinken teve com os dirigentes da Jordânia, do Qatar, dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita.

Por outro lado, o secretário de Estado norte-americano relembrou que os Estados Unidos são aliados de Israel e pediu aos dirigentes israelitas – nomeadamente ao Presidente Isaac Herzog e ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu – para protegerem os civis na Faixa de Gaza. Mais de 23 mil habitantes do território morreram desde o início da guerra, há três meses, e há mais de 60 mil feridos. No território de 2,4 milhões de pessoas, a ONU estima que 1,9 milhões estão agora deslocadas devido aos bombardeamentos e muito mais expostas a doenças e à fome.

Na segunda-feira, Blinken reiterou que Washington apelava a Israel para reduzir a intensidade das suas operações militares e para retirar as tropas da Faixa de Gaza, onde mais de 80% da população foi obrigada a deixar as suas casas.

Esta é a quarta viagem de Antony Blinken à região desde o início da guerra entre Israel e o Hamas a 7 de Outubro.

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