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Turquia

Blinken começa na Turquia viagem diplomática pelo Médio Oriente

Secretário de Estado norte-americano reuniu-se com Erdogan e com o chefe da diplomacia turca para discutir a questão do cessar-fogo em Gaza, mas também a adesão da Suécia à NATO.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em Istambul, em 6 de janeiro de 2024.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em Istambul, em 6 de janeiro de 2024. via REUTERS - MURAT CETINMUHURDAR/PPO
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Antony Blinken aterrou ontem em Istambul, a primeira paragem de um périplo que também o levará à Grécia, à Jordânia, ao Qatar, aos Emirados Árabes Unidos, à Arábia Saudita, a Israel, à Cisjordânia e ao Egipto. Blinken reuniu-se com Hakan Fidan, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, e com o presidente Recep Tayyip Erdogan, antes de voar até Creta esta noite.

Erdogan e Fidan continuam a pressionar a administração americana para a implementação de um cessar-fogo imediato em Gaza, uma posição pretendida pela generalidade da comunidade internacional, mas que os EUA continuam ainda a vetar, dando cobertura aos ataques israelitas.

O presidente turco tem sido um dos mais críticos em relação à situação em Gaza, e chegou a acusar Benjamin Netanyahu, o líder israelita, de ser pior do que Adolf Hitler. Erdogan acusa Israel de estar a cometer um genocídio em Gaza, e de estar repetidamente a cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Esta viagem de Blinken à região surge num contexto de alto risco e de alta tensão, com a possibilidade de expansão do conflito para outras frentes, depois dos recentes ataques israelitas na Síria e no Líbano, que vitimaram comandantes do Hamas e das milícias pró-iranianas. Hoje, dezenas de rockets foram disparados do sul do Líbano, de áreas controladas pelo movimento libanês Hezbollah, para Israel. O líder daquele movimento pró-iraniano, Hassan Nasrallah, tinha prometido que o ataque israelita, cometido num bairro em Beirute controlado pelo Hezbollah, não passaria "sem uma resposta adequada".

O Secretario de Estado americano também discutiu com os líderes turcos a ratificação da adesão da Suécia à NATO – um processo que está bloqueado há meses por Ancara. Nos últimos dias do ano passado, a comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros do parlamento turco aprovou essa ratificação, que terá agora de ser validada pelo hemiciclo em Ancara, que começará os seus trabalhos no próximo dia 16. Mas Erdogan estará ainda à espera de um sinal do Congresso americano relativamente à venda de jatos F16 americanos à Turquia, uma exigência de Ancara para finalmente confirmar a Suécia como membro da Aliança Atlântica.

Erdogan e Fidan irão também pedir a Blinken para os EUA pararem de apoiar as milícias curdas sírias, que Ancara diz serem afiliadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, separatistas curdos, e considerada uma organização terrorista), mas que têm sido os principais aliados de Washington na luta contra o Estado Islâmico.

O Estado islâmico reivindicou o duplo atentado bombista no Irão esta semana, que vitimou mais de 100 pessoas, em volta do túmulo de Qassem Soleimani, um general da Guarda Revolucionária Iraniana que foi morto há quatro anos por um ataque americano em Bagdade. O Irão tinha acusado os EUA e Israel der estarem por detrás deste incidente, que inflamou ainda mais a tensão na região.

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