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Em Israel, Blinken apela a "pausas humanitárias" e a uma "solução a dois Estados"

O secretário de Estado Norte-americano Antony Blinken encontra-se neste momento em Israel, no âmbito daquela que é a sua segunda digressão no Médio Oriente desde o passado dia 7 de Outubro. Ao reafirmar o apoio do seu país a Israel, Blinken apelou a "pausas humanitárias" em Gaza, mas o chefe do governo israelita recusa esta ideia.

Antony Blinken em conferência de imprensa em Telavive, no dia 3 de Novembro 2023.
Antony Blinken em conferência de imprensa em Telavive, no dia 3 de Novembro 2023. REUTERS - JONATHAN ERNST
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No 28° dia de guerra, as armas continuam a falar mais alto, Benjamin Netanyahu fazendo ouvidos moucos aos apelos lançados pelo chefe da diplomacia americana que chegou esta manhã a Israel para tentar mediar o conflito.

Ao mesmo tempo que reafirmou o apoio do seu país a Israel que, até agora, tem sido incondicional, Blinken recordando que "Israel tem o direito e até ao dever de se defender", ele não deixou de dar uma inflexão à posição americana sobre o conflito ao invocar uma solução a dois estados.

"O único meio de garantir uma segurança duradoira" a Israel é a via "de dois Estados para dois povos", considerou Blinken que apelou a "pausas humanitárias", a "proteger" os civis e a "dar ajuda àqueles que necessitam dela desesperadamente".

Telavive responde, contudo, que "não há trégua temporária" sem "a libertação dos reféns". Segundo o governo israelita, o Hamas mantém em detenção mais de 240 reféns desde o passado dia 7 de Outubro.

De acordo com o governo do Hamas, um bombardeamento israelita à entrada do principal hospital de Gaza provocou "dezenas de mortos e feridos". Nos territórios ocupados da Cisjordânia, a alta autoridade palestiniana deu igualmente conta de pelo menos 8 mortos palestinianos em ataques israelitas.

Apesar também de um apelo hoje de Blinken para que se tome em consideração a protecção dos jornalistas que se encontram em Gaza, com a RSF (Repórteres Sem Fronteiras) a dar conta de mais de 30 jornalistas mortos desde o começo do conflito no enclave, também neste caso, as armas não se calam.

A diplomacia francesa confirmou esta tarde que as instalações da agência noticiosa France Presse no enclave foram bombardeadas por Israel. Ao indicar que não houve vítimas, Paris condenou este bombardeamento assim como os ataques de ontem "contra as instalações das Nações Unidas (em Gaza) e o pessoal humanitário, cujo trabalho é indispensável".

Recorde-se que desde a ofensiva do Hamas no passado dia 7 de Outubro em Israel, mais de 1.400 pessoas morreram segundo o executivo israelita, na sua maioria no próprio dia do ataque. Desde essa altura, de acordo com o Hamas que controla a Faixa de Gaza, mais de 9.000 palestinianos morreram debaixo das bombas de Israel.

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