Médio Oriente: Anthony Blinken tenta evitar extremar de tensões
Médio Oriente – O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, efectua o seu quarto périplo ao Médio Oriente desde os atentados do Hamas a 7 de Outubro de 2023 e a guerra subsequente que os israelitas levam a cabo na Faixa de Gaza. O chefe da diplomacia de Washington admitiu a 9 de Janeiro, em audiência com o presidente israelita, Isaac Herzog, o momento "muito difícil" que vive o Estado hebreu, embora salientando haver hipóteses reais de integração com os seus vizinhos árabes.
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Anthony Blinken alega ninguém ter interesse numa escalada de tensão, para além da faixa de Gaza, entre o Hamas e Israel, a uma nova frente, entre o Estado hebreu e o Líbano. E isto escassas horas após a morte de um alto responsável militar do Hezbollah num ataque israelita no sul do Líbano.
Antes de mais, no que diz respeito ao Líbano, não é, obviamente, do interesse de ninguém: seja Israel, o Líbano ou o Hezbollah, promover uma escalada do conflito. E os israelitas têm sido muito claros connosco: eles querem uma solução diplomática que lhes garanta a segurança para voltar para casa. Quase 100 000 israelitas foram obrigados a deixar as suas casas no norte de Israel devido à ameça que o Hezbollah cria no Líbano. Mas isso permitiria também que os libaneses voltassem para casa no sul do Líbano. Trabalhamos intensamente nesse sentido, de forma diplomática.
Nesta segunda, 8 de Janeiro, o presidente americano, Joe Biden, tinha afirmado que o seu país trabalhava discretamente com o governo israelita por forma a que se reduzisse a presença das suas tropas na faixa de Gaza, território que continua a ser bombardeado por Israel.
As grandes cidades do sul de Gaza, aonde a população se teria refugiado, após o início das operações militares israelitas, teriam sido bombardeadas intensamente na noite de 8 para 9 de Janeiro.
1 140 pessoas teriam morrido nos ataques terroristas do Hamas contra Israel a 7 de Outubro. 185 soldados israelitas morreram, desde então, nas operações em Gaza.
Os ataques israelitas, por seu lado, teriam feito mais de 23 200 mortos no território.
O Líbano também tem sido alvo de operações militares atribuídas a Israel que mataram, nomeadamente, a 8 de Janeiro um comandante da milícia Hezbollah, apoiada pelo Irão. Em represália o Hezbollah anunciou ter levado a cabo a 9 de Janeiro operações contra um centro de comandando da Força aérea israelita no norte do país.
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