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Bangladesh

Elevada taxa de abstenção e boicote da oposição nas legislativas do Bangladesh

Mais de cem milhões de habitantes estão aptos a votar no escrutínio que vai dar à primeira-ministra Sheikh Hasina um quinto mandato consecutivo, após o boicote dos partidos da oposição. Esta manhã, em declarações aos jornalistas, Hasina classificou o Partido Nacionalista do Bangladesh, o principal partido da oposição, de "organização terrorista".

Preparação do material eleitoral numa escola em Daca, a capital do Bangladesh, a 6 de janeiro de 2024.
Preparação do material eleitoral numa escola em Daca, a capital do Bangladesh, a 6 de janeiro de 2024. AP - Altaf Qadri
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A primeira-ministra do Bangladesh conseguiu um crescimento económico impressionante num país que já foi marcado por pobreza extrema, mas o governo tem sido acusado de violações dos direitos humanos e de repressão implacável da oposição. Nas legislativas deste domingo, o partido no poder quase não tem concorrência, mas não apresentou candidatos em alguns círculos eleitorais para evitar que a legislatura seja classificada como uma instituição de partido único.

O Partido Nacionalista do Bangladesh, que nos últimos meses foi atingido por detenções em massa, convocou uma greve geral e pediu às pessoas para não participarem naquilo a que chama de eleição "fictícia". Ao mesmo tempo, dezenas de partidos antigovernamentais decidiram não participar na votação afirmando que não seria livre nem justa.

Por seu lado, Sheikh Hasina apelou aos cidadãos para que votassem e mostrassem a sua fé no processo democrático e esta manhã, depois de votar disse que o principal partido da oposição é uma organização terrorista".

As primeiras indicações sobre a participação apontam para uma fraca afluência às urnas.

Em declarações à agencia France Press,  alguns eleitores afirmam que foram ameaçados com a confiscação dos seus cartões, necessários para a obtenção de benefícios sociais, caso se recusassem a votar na Liga Awam, o partido da primeira-ministra.

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