Discussões "em curso" para prolongar cessar-fogo entre Hamas e Israel

O Hamas quer prolongar a trégua alcançada na sexta-feira com Israel tendo em vista a libertação de mais prisioneiros palestinianos. Por seu lado, o movimento terrorista que gere a Faixa de Gaza promete libertar mais reféns.

Uma palestiniana à espera de receber sacos de farinha distribuídos pelas Nações Unidas. REUTERS - IBRAHEEM ABU MUSTAFA

No último dia da trégua acordada entre o Hamas e Israel para a libertação de reféns, o movimento terrorista com sede na Faixa de Gaza disse querer prolongar o cessar-fogo de forma a libertar o máximo de prisioneiros palestinianos possível, contra a libertação de mais reféns israelitas feitos no ataque de 7 de Outubro.

O Hamas terá já informado os mediadores que fazem a ponte com as autoridades israelitas desta intenção, querendo prolongar este período de acalmia entre dois a quatro dias. O primeiro acordo foi de quatro dias e teve como mediadores o Qatar, os Estados Unidos e o Egipto, tendo resultado na libertação de 50 reféns israelitas e 150 prisioneiros palestinianos.

A extensão deste cessar-fogo está prevista no acordo inicial e deverá resultar na libertação de mais 10 reféns israelitas, esclareceu o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no domingo. No entanto, o líder israelita avisou que mesmo com uma continuação deste acordo, Israel mantém o seu objectivo que é "eliminar o Hamas" e fazer com que a Faixa de Gaza "não volte ao que era".

Entre os reféns libertados está Abigail, uma menina com nacionalidade norte-americana, que perdeu tanto a mãe como o pai nos ataques de 7 de Outubro e que passou o seu aniversário com o seus raptores. Netanyahu disse que esta menina perdeu a sua família, mas que é abraçada por toda a população do Estado de Israel.