Acesso ao principal conteúdo
#Guerra Israel/Hamas

ONU condena ataque contra ambulâncias em Gaza

A ONU condenou o bombardeamento contra uma ambulância que fez 15 mortos na sexta-feira em Gaza. O exército israelita confirmou ter visado uma ambulância que declarou estar a ser usada por membros do Hamas, algo que o Hamas negou. Entretanto, este sábado, um ataque aéreo atingiu uma escola gerida pela ONU num campo de refugiados no norte da Faixa de Gaza, tendo feito, pelo menos, 15 mortos e dezenas de feridos. 

António Guterres, Secretário-Geral da ONU. Imagem de arquivo de 2 de Novembro de 2023.
António Guterres, Secretário-Geral da ONU. Imagem de arquivo de 2 de Novembro de 2023. AFP - LEON NEAL
Publicidade

A agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA ) confirmou a notícia que "pelo menos um ataque" teve como "alvo o pátio da escola onde as famílias deslocadas viviam em tendas, e outro ataque no interior da escola onde as mulheres preparavam o pão". O ministério da Saúde do Hamas dá conta de 15 mortos e 70 feridos. Já na véspera, à noite, outro ataque a uma escola transformada num refúgio para deslocados, também no norte da Faixa de Gaza, deixou 20 mortos e dezenas de feridos, segundo o governo do Hamas.

Na sexta-feira, um ataque contra uma ambulância fez, também, 15 mortos em Gaza. Em comunicado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou estar “horrorizado” com o bombardeamento sobre uma ambulância em Gaza e que “as imagens dos corpos espalhados na rua em frente ao hospital são devastadoras”.

Também em comunicado, o Crescente Vermelho disse que o bombardeamento fez 15 mortos e 60 feridos e que ocorreu perto da entrada do maior hospital de Gaza. Uma segunda ambulância teria sido atingida e também houve feridos. Os veículos faziam parte de uma coluna de cinco ambulâncias, incluindo uma do ministério da Saúde do Hamas e uma do Crescente Vermelho, de acordo com esta organização.

Este sábado, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, chegou à Jordânia, para participar numa cimeira com homólogos árabes, um dia depois de ter pedido em Israel "pausas humanitárias" em Gaza. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, negou qualquer “trégua temporária” sem libertação de reféns.

Entretanto, Blinken anunciou que vai à Turquia, onde o Presidente Recep Tayyip Erdogan afirmou, hoje, que rompeu relações com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu devido à ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

Esta sexta-feira, o Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a realização de uma “conferência humanitária” para os civis de Gaza, a 9 de Novembro, em Paris, e apelou a uma "trégua humanitária" porque, disse, “a luta contra o terrorismo não justifica sacrificar civis”.

Ainda esta sexta-feira, o líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, considerou, que a perspectiva de “uma guerra mais alargada” é “realista” se Israel continuar a bombardear Gaza, apontando os Estados Unidos como “responsáveis”. Nasrallah disse que o ataque do Hamas ao território israelita foi "uma operação 100 por cento palestiniana".

Esta sexta-feira foi, também, o terceiro dia de retirada de feridos e cidadãos estrangeiros da Faixa de Gaza para o Egipto, tendo sido retirados 17 feridos e 448 estrangeiros, incluindo 96 crianças.

Desde o ataque do Hamas a 7 de Outubro, mais de 1.400 israelitas foram mortos, dos quais 341 soldados. O exército israelita fala também em 240 pessoas mantidas reféns pelo Hamas. Até esta sexta-feira, as autoridades palestinianas falam em mais de 9.000 mortos palestinianos, incluindo mais de 3.800 crianças.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.