Acesso ao principal conteúdo
ONU

Conselho de Segurança aprova força internacional para apaziguar Haiti

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou na noite de segunda-feira a criação e o envio de uma força internacional para a manutenção de paz no Haiti onde só no último ano, segundo um relatório liderado por António Guterres, morreram mais de 2.800 pessoas devido aos conflitos entre os gangues que dominam o país.

O Conselho de Segurança aprovou na noite de segunda-feira o envio de uma força de segurança internacional para travar a criminalidade no Haiti.
O Conselho de Segurança aprovou na noite de segunda-feira o envio de uma força de segurança internacional para travar a criminalidade no Haiti. © Odelyn Joseph / AP
Publicidade

A aprovação da força internacional para o Haiti, que vai apoiar a polícia local, foi saudada na noite de segunda-feira após a decisão do Conselho de Segurança, com 13 votos a favor e duas abstenções, a China e a Rússia, numa altura em que a violência no país atinge patamares preocupantes.

Esta violência é marcada por conflitos constantes entre os gangues que se apoderaram das estradas mais importantes do país e a população que faz cada vez mais justiça pelas próprias mãos. Entre os quase 3.000 mortos vítimas desta violência entre Outubro de 2022 e Junho de 2023, contam-se 80 crianças, segundo um relatório publicaod neste Verão pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, qualificou esta decisão como "histórica", mas a China mostra-se mais ceptica já que acusa o Haiti de não ter um Governo legítimo, que "preste contas" à sociedade internacional. "Podemos dar todo o apoio internacional, mas isso não vai ajudar em nada de forma sustentável o país", disse o embaixador chinês, Zhang Jun.

No entanto, esta força que deverá melhorar a segurança do país para permitir a realização de eleições, que não acontecem desde 2016, e também poderá implementar medidas de urgência temporárias, ainda não tem data para chegar. Por enquanto, apenas o Quénia se mostrou interessado em liderar esta missão, enviando 1.000 homens para o terreno, com a Jamaica, as Bahamas e o arquipélago de Antígua e Barbuda a também se mostratem disponíveis para integrar esta missão que deve alcançar os 2.000 soldados.

Já os Estados Unidos disseram explicitamente que estão dispostos a ajudar com armas e equipamento, mas não com homens e mulheres das suas Forças Armadas.

Nesta resolução dos Conselho de Segurança, a China forçou os restantes parceiros a alargarem o embargo às armas, até aqui apenas destinados aos membros do gangues, a toda a população, com Pequim a considerar que um dos passos mais importantes para travar a violência no país é travar o tráfico de armas no Haiti.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.