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#Cuba

Cimeira G77+China quer “nova ordem económica internacional”

Esta sexta-feira, cerca de 30 chefes de Estado e de governo de países-membros do grupo G77+China iniciam uma reunião de dois dias, em Cuba, para defender “uma nova ordem económica internacional”. Entre eles, os presidentes de Angola, de Moçambique, do Brasil, da Argentina e da Colômbia.

Cartaz da cimeira do G77. Havana, Cuba, 13 de Setembro de 2023.
Cartaz da cimeira do G77. Havana, Cuba, 13 de Setembro de 2023. AFP - YAMIL LAGE
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Hoje e amanhã, cerca de 30 chefes de Estado e governo reúnem-se em Havana com o objectivo de fomentar “uma nova ordem económica internacional”, nomeadamente os presidentes de Angola, do Brasil, de Moçambique, Filipe Nyusi, da Argentina e da Colombia, assim como representantes dos governos da quase totalidade dos Estados-membros da CPLP.

Cuba assume pela primeira vez a presidência “pro tempore” do grupo e tem insistido na promoção de uma ordem internacional mais justa e na urgência da reforma do sistema financeiro multilateral. Na quarta-feira, o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodriguez, adiantou que o projecto de declaração final da cimeira “critica os principais obstáculos no acesso ao desenvolvimento dos países do Sul” e lançou “um apelo para a implementação de uma nova ordem económica internacional”. O texto pede “uma profunda reforma da arquitectura financeira internacional”, assim como “a eliminação urgente de medidas coercitivas internacionais” e o “tratamento adequado da dívida externa crescente dos países em desenvolvimento”.

A questão da dívida é, assim, uma questão central, da mesma forma que as alterações na governação do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. Além disso, estes países exigem o reforço da rede de segurança financeira global e um acesso maior e mais equitativo ao financiamento internacional em tempos de crise, nomeadamente através de emissões regulares de Direitos de Saque Especiais.

A cimeira do G77+China antecede a Assembleia-Geral das Nações Unidas, que vai decorrer na próxima semana, em Nova Iorque. O secretário-geral da ONU, António Guterres, abre o G77, depois de esta semana ter considerado “muito importante que os países em desenvolvimento lutem para garantir as transformações necessárias nos sistemas internacionais para criar condições de enfrentar os desafios e recuperar o ímpeto do seu desenvolvimento”.

O G77 foi criado em 1964, por 77 países em desenvolvimento, no seio da ONU, dentro do grupo dos países Não-Alinhados. Hoje conta com 134 membros. A China não se considera membro do grupo, mas participa no G77 desde 1992.

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