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China / Estados Unidos

Washington diz esperar um ambiente de negócios mais "previsível" na China

A secretária de Estado americana para o comércio, Gina Raimondo, encerrou hoje quatro dias de visita oficial à China. No último dia desta deslocação cujo objectivo era apaziguar as relações entre Washington e Pequim, aquela que foi a quarta alta responsável americana a visitar a China nestes últimos meses, apelou à criação de um ambiente de negócios mais "previsível" naquele país para facilitar o investimento americano.

A secretária de Comércio dos E.U.A. Gina Raimondo acolhida pelo vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng no Grande Salão do Povo em Pequim, nesta terça-feira, 29 de Agosto de 2023.
A secretária de Comércio dos E.U.A. Gina Raimondo acolhida pelo vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng no Grande Salão do Povo em Pequim, nesta terça-feira, 29 de Agosto de 2023. via REUTERS - POOL
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"O ambiente tem de ser previsível, as regras do jogo devem ser equitativas, os procedimentos devem ser regulares, a transparência deve ser garantida", declarou Gina Raimondo em Xangai, capital económica da China, no último dia da sua visita de quatro dias naquele país.

"As empresas americanas precisam que medidas sejam tomadas para resolver estes problemas, senão vão considerar que este ambiente é demasiado arriscado e que é impossível realisar investimentos" avisou a alta responsável americana.

Chegada no domingo na China onde se avistou com responsáveis governamentais, nomeadamente o vice-primeiro ministro chinês, a secretária de Estado americana para o comércio fez um balanço positivo da sua visita; "Foi um excelente começo" considerou a governante referindo contudo que "permanecem desafios" por resolver.

Gina Raimondo refere ter mencionado durante os seus contactos "assuntos dificeis" como "as subvenções, as práticas anticoncorrência da China, as buscas dentro das empresas americanas e o roubo de propriedade intelectual".

Os grupos americanos instalados na China queixam-se da concorrência desleal neste país onde a propriedade intelectual não beneficia de uma forte protecção e onde as empresas locais têm geralmente um tratamento preferencial.

Nestes últimos meses, decorreram várias buscas e interrogatórios visando empresas americanas de consulting na China e acaba de entrar em vigor em Julho uma nova lei anti-espionagem alargando a margem de manobra das autoridades contra o que qualificam de "ameaças contra a segurança nacional".

Gina Raimondo foi a quarta alta figura política americana a deslocar-se à China nestes últimos meses, depois da Secretária de Estado para as finanças, Janet Yellen, do chefe da diplomacia, Antony Blinken, e do emissário para o clima, John Kerry.

Nenhuma destas visitas cujo intuito era fazer diminuir os antagonismos políticos e comerciais entre Pequim e Washington surtiram efeitos significativos.

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