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Estados Unidos/China

China protesta contra restrições americanas visando novas tecnologias

Washington/Pequim – A China protestou de forma solene junto dos Estados Unidos por o presidente Joe Biden ter assinado na quarta, 9 de Agosto, um decreto limitando os investimentos no sector tecnológico na China, mas também nas regiões administrativas especiais de Macau e de Hong Kong.

Presidente americano Joe Biden assinou decreto limitando investimentos nas tecnologias na China, Macau e Hong Kong.
Presidente americano Joe Biden assinou decreto limitando investimentos nas tecnologias na China, Macau e Hong Kong. © AFP / BRENDAN SMIALOWSKI
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O decreto limita os investimentos norte-americanos nas tecnologias na China (incluindo Macau e Hong Kong), tais como a inteligência artificial.

Esta decisão, tomada em nome da segurança nacional, teria como pano de fundo os receios da administração Biden em ver a China aproveitar-se dos investimentos norte-americanos em termos de transferência de tecnologias, nomeadamente.

A medida valeu, logo, um protesto solene da China, por via diplomática e um comunicado do Ministério do comércio estipula que, desta feita, Washington se afasta dos princípios da economia de mercado e da concorrência leal que é suposto promover.

Por seu lado o Ministério dos negócios estrangeiros chinês assume a sua preocupação com o ocorrido e reserva-se o direito de tomar medidas.

João Francisco Pinto, director da Teledifusão de Macau admite a importância dos investimentos americanos no antigo território português, mas que não constam do sector das novas tecnologias.

Existem, efectivamente, grandes investimentos, de capital norte-americano, aqui, em Macau, no sector do jogo, do turismo. Mas não é um sector tecnológico ! Portanto não me parece que este tipo de proibição ponha em causa aquilo que são, por um lado, os investimentos das empresas norte-americanas em Macau. Nem, por outro lado, o desenvolvimento tecnológico de Macau porque muitas das plataformas tecnológicas, posso dar como exemplo os pagamentos electrónicos, são feitos com plataformas chinesas.

Em relação às regiões administrativas especiais de Macau e de Hong Kong esta é uma medida inédita. 

Para João Francisco Pinto estes dois territórios sofrem o efeito de uma amálgama por parte dos Estados Unidos.

Há um mal-estar evidente no relacionamento bilateral [entre os Estados Unidos e a China] e eu penso que os Estados Unidos deixaram de considerar que Macau e Hong Kong são regiões administrativas especiais ! Macau e Hong Kong têm um estatuto muito particular, que é cumprido pela Constituição da República popular da China, e, portanto, há aqui uma falta de capacidade dos Estados Unidos perceberem algumas realidades desta zona do mundo. 

01:54

João Francisco Pinto sobre Macau, Hong Kong e China visados pelos EUA

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