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#Guatemala

Bernardo Arévalo vence presidenciais na Guatemala

Na Guatemala, Bernardo Arévalo venceu a segunda volta das eleições presidenciais este domingo. Depois de ter feito da luta contra a corrupção a sua principal promessa, os eleitores esperam que esta vitória signifique o fim de anos marcados por alegações de corrupção e autoritarismo. Bernardo Arévalo obteve 59% dos votos, contra 36% da ex-primeira-dama Sandra Torres.

Bernardo Arévalo foi eleito Presidente da Guatemala a 20 de Agosto de 2023.
Bernardo Arévalo foi eleito Presidente da Guatemala a 20 de Agosto de 2023. AFP - LUIS ACOSTA
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Durante a campanha, Bernardo Arévalo fez da luta contra a corrupção a sua principal bandeira eleitoral, por isso, fez questão de agradecer aos eleitores e reiterar a promessa: “As urnas falaram e o que o povo grita é 'Basta de tanta corrupção'”, afirmou, na noite de domingo, depois de anunciados os resultados preliminares.

Bernardo Arévalo apontou como prioridade a luta contra corrupção, mas também a luta contra a violência e contra a miséria que afecta 59% da população. A melhoria dos serviços de saúde e da educação são outras das promessas. A sua vitória nas eleições presidenciais acontece numa altura em que a violência e a insegurança alimentar abalam o país e provocam uma nova vaga de emigração para os Estados Unidos. Sociólogo e antigo diplomata de 64 anos, ele é filho do primeiro presidente democrata do Guatemala que deixou a sua marca com a criação da Segurança Social.

Bernardo Arévalo obteve 59% dos votos, contra 36% da ex-primeira-dama Sandra Torres, a qual perdeu o seu terceiro escrutínio consecutivo apesar do apoio do partido no poder, de vários partidos da direita, da igreja e do meio económico. Arévalo é eleito Presidente depois de uma surpreendente primeira volta, a 25 de Junho, quando ficou em segundo lugar, apesar de as sondagens o colocarem em oitavo lugar.

A tomada de posse está prevista para 14 de Janeiro, para um mandato de quatro anos, se o Ministério Público não barrar a sua passagem. Desde 12 de Julho, o Ministério Público tentou por várias vezes suspender o movimento criado pelo candidato devido a um alegado caso de assinaturas falsas no partido, durante a sua criação, em 2017. Bernardo Arévalo deverá substituir na presidência Alejandro Giammattei, cujo mandato foi marcado pela repressão contra os magistrados e os jornalistas que denunciavam a corrupção.

Bernardo Arévalo nasceu em 1958 em Montevidéu, a capital do Uruguai, durante o exílio do seu pai, obrigado a deixar a Guatemala depois de um golpe da junta militar que derrubou o seu sucessor. Ele viveu no estrangeiro até aos 15 anos, quando regressou à Guatemala. Antes de entrar na política, o actual deputado era conhecido como um académico que escreveu livros e artigos sobre segurança e relações entre civis e militares. Foi Embaixador da Guatemala em Espanha entre 1995 e 1996 e, um ano antes, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros no governo do antigo Presidente Ramiro de León Carpio. Na década de 1990, Bernardo Arévalo foi secretário consular da Guatemala em Israel e trabalhou como conciliador de conflitos para várias organizações na Ásia e em África.

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