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Equador

Novo assassinato político a menos de uma semana das presidenciais no Equador

Cerca de uma semana depois do assassinato de um dos candidatos favoritos para as eleições presidenciais do próximo 20 de Agosto, foi morto ontem a tiro Pedro Briones, um responsável local do partido do antigo presidente Rafael Correa, na provincia de Esmeraldas, no norte do país.

Quito no dia 14 de Agosto de 2023: o exército está mobilizado para garantir a segurança das presidenciais de 20 de Agosto.
Quito no dia 14 de Agosto de 2023: o exército está mobilizado para garantir a segurança das presidenciais de 20 de Agosto. REUTERS - HENRY ROMERO
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Segundo a imprensa nacional, Pedro Briones, membro do partido 'Revolução cidadã' do antigo Presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), foi morto a tiro ontem por dois homens de moto na sua residência em San Mateo, na província de Esmeraldas, junto à fronteira com a Colômbia.

"O Equador vive o seu período mais sangrento", considerou ontem Luisa Gonzalez, candidata presidencial do partido ao qual pertencia Briones, que também denunciou "o abandono total de um governo incompetente" e de "um Estado dominado pelas mafias".

Esta ocorrência que até agora não foi confirmada nem pela polícia, nem pelo governo, registou-se poucos dias depois de ter sido assassinado no dia 9 de Agosto, em Quito, a capital, o centrista Fernando Villavicencio, segundo candidato favorito para as presidenciais do próximo fim-de-semana.

Jornalista de 59 anos, Villavicencio tinha fixado como sua prioridade a luta contra a corrupção no seu país. Foi através de uma das suas investigações que o antigo Presidente Correa acabou por ser condenado à revelia a oito anos de prisão em 2020, por corrupção. Pouco depois do assassinato do seu marido, a viúva de Villavicencio acusou o campo de Correa de estar por detrás do sucedido.

Desde esse atentado, foi imposto um estado de emergência no país que em 2022 viu a sua taxa de homicídios duplicar comparativamente ao ano anterior, chegando a uma fasquia de 26 por 100 mil habitantes. O Equador tem vindo igualmente a confrontar-se com o aumento da violência dos gangues e do tráfico de droga, com 210 toneladas de estupefacientes apreendidas em 2021 e 201 toneladas em 2022.

Estas problemáticas têm dominado as temáticas de campanha das presidenciais de domingo, uma corrida em que participam 7 candidatos.

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