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Tempestades na Ásia

Fenómenos climáticos extremos deixam rasto de destruição na Ásia

O continente asiático continua a ser vítima de fenómenos climáticos. Depois da onda de calor extremo, que fez os termómetros ultrapassarem os 50 graus Celsius na China, a época de monções trouxe consigo tufões e tempestades tropicais que já provocaram centenas de mortes e danos materiais significativos. Entre os países atingidos por estes acontecimentos estão a China, o Vietname, o Japão, a Coreia do Sul e do Norte, as Filipinas, a Rússia e o Bangladesh.

O número de vítimas das inundações na China continua a aumentar à medida em que uma nova tempestade se aproxima do país, fazendo temer o pior.
O número de vítimas das inundações na China continua a aumentar à medida em que uma nova tempestade se aproxima do país, fazendo temer o pior. AP - Ng Han Guan
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No último mês o continente asiático foi assolado por uma série de fenómenos climáticos extremos, uma ocorrência frequente nos meses de Julho e Setembro, quando a região do Pacífico Ocidental atinge o pico da “temporada de tufões”. No mês de Julho, a China foi atingida por três tufões no espaço de três semanas, trazendo consigo as piores chuvas torrenciais em mais de 140 anos.

Primeiramente, o tufão Talim, que foi o primeiro tufão a atingir a China este ano, que impactou principalmente a província de Cantão no sul do país, mas também o norte do Vietname. Em seguida foi a vez do supertufão Doksuri, o mais poderoso dos três, que começou na mesma semana. O Doksuri provocou danos humanos e materiais significativos na China e nas Filipinas. Nas Filipinas os balanços preliminares divulgados pela imprensa e pelas autoridades locais indicam que pelo menos 55 pessoas perderam a vida, e os danos materiais ascendiam a 100 milhões de dólares. Enquanto isso, na China, estima-se que este valor seja superior a 15 mil milhões de dólares, um dos mais elevados de sempre.

Para terminar, a tempestade tropical Khanum –  que deu as caras naquela região asiática na semana passada, varreu o Japão antes de atingir a península da Coreia – onde os fortes ventos forçaram a anulação de centenas de voos e à evacuação de centenas de pessoas, ganhou uma força de tufão enquanto se aproximava do leste da China e forçou a evacuação de milhares de pessoas na Rússia. Em Ussuriysk, na fronteira com a China, uma barragem rompeu devido às força das chuvas e do vento.

Ainda na China, dezenas de milhões de pessoas foram evacuadas, especialmente em zonas com elevado risco de inundações e deslizamentos de terras. A Agência Meteorológica da China emitiu um alerta para eventuais “riscos geológicos”, nomeadamente nas províncias de Pequim, Jilin e Hebei.

O balanço provisório de vítimas está em constante evolução. No sábado, a emissora estatal CCTV informou que pelo menos duas pessoas perderam a vida na sequência de um deslizamento de terras a Sul da cidade de Xi'An, na província central de Shaanxi (ou Xianxim) no nordeste do país, elevando o número de fatalidades destas cheias para 80. Este domingo, 13 de Agosto, as autoridades locais actualizaram o número de mortes, indicando que um total de 21 pessoas faleceu na sequência deste incidente, elevando o número de vítimas mortais para cerca de 100.

Um homem, segurando um saco de comida, atravessa as águas das cheias após as chuvas e inundações provocadas pelos restos do tufão Doksuri, em Zhuozhou, província de Hebei, China, a 3 de agosto de 2023.
Um homem, segurando um saco de comida, atravessa as águas das cheias após as chuvas e inundações provocadas pelos restos do tufão Doksuri, em Zhuozhou, província de Hebei, China, a 3 de agosto de 2023. REUTERS - TINGSHU WANG

 

Somente em Julho, o Ministério de Gerenciamento de Emergências da China disse que registou 142 pessoas mortas ou desaparecidas por causa do clima extremo, seja pelo calor – com a província de Xinjiang, no noroeste do país, a registar um pico de 52,2 graus Celsius –, seja pelas chuvas torrenciais que continuam a devastar o leste chinês.

Enquanto isso no Bangladesh, as autoridades informaram este domingo que pelo menos 55 pessoas perderam a vida desde o início de Agosto devido às inundações e deslizamentos de terras provocados pelas chuvas torrenciais que afectaram mais de um milhão de pessoas. Cerca de 21 pessoas morreram em Cox's Bazar, 19 em Chittagong, 10 em Bandarban e 5 em Rangamati.

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