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Futebol Feminino

Kika Nazareth: «Vamos dar a vida para podermos seguir em frente no Mundial»

Portugal e Vietname defrontam-se nesta quinta 27 de Julho em Hamilton, na Nova Zelândia, num jogo a contar para a segunda jornada do Grupo E do Campeonato do Mundo de futebol feminino.

Francisca 'Kika' Nazareth, avançada portuguesa.
Francisca 'Kika' Nazareth, avançada portuguesa. © AFP - BEN STANSALL
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Portugal tem um jogo decisivo frente ao Vietname neste segundo jogo do Mundial de futebol feminino. As portuguesas, que perderam frente aos Países Baixos por 1-0, têm de vencer para continuar na luta pelos oitavos.

Os Estados Unidos e os Países Baixos empataram a uma bola no início da tarde, desta quinta-feira 27 de Julho, aqui na Nova Zelândia, isto significa que as duas equipas têm quatro pontos, enquanto Portugal e Vietname ainda não pontuaram.

Três hipóteses agora para as portuguesas: Se Portugal vencer, com três pontos, terá que vencer ou pelo menos empatar frente aos Estados Unidos na derradeira jornada para chegar aos oitavos. Se as portuguesas empatarem frente às vietnamitas, elas terão de vencer obrigatoriamente os Estados Unidos com uma grande vantagem para seguir em frente. Se a Selecção Portuguesa perder, ela está eliminada.

Portugal nunca defrontou o Vietname

Em 16 confrontos com selecções a Confederação Asiática, Portugal venceu três vezes, empatou seis e perdeu em sete ocasiões. No entanto, a Selecção das Quinas nunca defrontou o Vietname.

As vietnamitas também estão na mesma posição do que as atletas lusas, visto que perderam na primeira jornada por 3-0 frente aos Estados Unidos, a actual selecção campeã do mundo.

O Vietname conta nas suas fileiras com uma única jogadora a actuar na Europa, Huynh Nhu, avançada de 31 anos que joga... no Länk Vilaverdense em Portugal.

Antes deste jogo decisivo, a RFI recolheu as declarações de Kika Nazareth, avançada de 20 anos que joga actualmente no SL Benfica.

A avançada portuguesa, que entrou no decorrer da segunda parte frente aos Países Baixos, admitiu que foi emocionante e algo pesado fazer a estreia no Campeonato do Mundo, num encontro em que Portugal fez uma boa partida e levou as neerlandesas a temerem as iniciativas portuguesas.

 

RFI: Com que sentimento se sai da derrota frente às neerlandesas?

Kika Nazareth: Acho que independentemente do resultado, temos que sair daqui com a noção do que jogámos frente a uma equipa que já foi campeã europeia. Fizemos os Países Baixos perderem tempo, a atirarem-se para o chão, mil e uma coisas, mas acho que temos de nos focar em nós. Temos de nos focar no que nós fizemos, no que não fizemos, no que poderemos ainda fazer. Nós conseguimos mais e sabemos que conseguimos mais. É agarrar as coisas boas que fizemos, ter noção do jogo que foi, contra quem foi, retirar as coisas boas, mas trabalhar.

RFI: A derrota complicou as contas para os oitavos?

Kika Nazareth: O Campeonato do Mundo, independentemente do resultado, não estava ganho. A fase de grupos não estava resolvida com uma vitória frente às neerlandesas. Pelo contrário, nada está resolvido com a derrota. Há três jogos em cada fase de grupos, há três jogos (!) Claro que o objectivo era vencer o jogo frente aos Países Baixos, claro que o objectivo é vencer todos os jogos, porque nós não estamos aqui apenas para participar, mas sim para competir. Com Portugal inteiro e o Mundo sabe, nós não vamos ficar por aqui, isto independentemente do que se passar no futuro. Temos muito para mostrar, muito para dar. Temos mais dois jogos pela frente. Estivemos de luto, durante 24h, após a derrota. Mas ainda temos dois jogos e vamos dar a vida para podermos seguir em frente.

RFI: Como foi a estreia dentro das quatro linhas?

Kika Nazareth: Primeiro mundial, são muitas sensações no corpo. Acredito que teria sido diferente se o resultado fosse outro, porque é muita pressão. Entrar num jogo em que está 1-0, o sentimento é sempre outro. Eu quando entro, involuntariamente, tenho na cabeça que vou para resolver. E isso às vezes complica um bocadinho porque eu sou um bocadinho impulsiva, e muito intensa, e depois é tudo para a frente para tentar resolver. No entanto é o Mundial, estou feliz por eu, nós, a nossa selecção toda, termos feito a nossa estreia na competição. Agora é retirar as coisas boas. O facto de ter estado dentro das quatro linhas, é uma coisa boa. Mas agora é tempo de nos focar no próximo jogo.

RFI: O próximo jogo será frente ao Vietname...

Kika Nazareth: O objectivo é vencer, como já era esse o objectivo frente aos Países Baixos. E também será o nosso objectivo frente aos Estados Unidos. Um jogo de cada vez, agora contra o Vietname é fazer o nosso trabalho com personalidade. Jogar à Portugal, dar o nosso melhor, independentemente do nome que está do outro lado, independentemente de sermos consideradas favoritas. É um Mundial e acho que nesta prova não pode haver favoritas. É o Vietname agora, mas é sobretudo mais um jogo, um outro encontro da fase de grupos. Temos a vontade de ganhar, mas estamos num Campeonato do Mundo.

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Kika Nazareth, avançada de Portugal 24-07-2023

Kika Nazareth (centro), internacional portuguesa.
Kika Nazareth (centro), internacional portuguesa. © Cortesia FPF

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