Hong Kong dá recompensa de 1 milhão de dólares por oito activistas
O Governo de Hong Kong anunciou hoje uma recompensa de 1 milhão de dólares por informações sobre oito activistas desta ilha-Estado controlada pela China que se destacaram nos protestos de 2019 e saíram posteriormente do país.
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John Lee, líder do Governo de Hong Kong, pediu hoje a todos os activistas em fuga que deram força aos protestos pró-democracia em 2019 que se rendam às autoridades ou enfrentem uma perseguição para o resto da vida, anunciado uma recompensa de cerca de um milhão de dólares por informações que possam levar à captura dos oito principais activistas que encabeçaram a rebelião há quatro anos.
O líder de Hong Kong apelou mesmo às famílias e amigos dos oito activistas para falarem com a polícia sobre possíveis informações.
Entre os oito activistas estão os advogados pró-democracia Nathan Law, Ted Hui e Dennis Kwok, tal como o sindicalista Mung Siu-tat. Os outros activistas são Elmer Yuen, Finn Lau, Anna Kwok e Kevin Yam. Todos saíram de Hong Kong após os protestos, com Nathan Law, que vive no Reino Unido, a ter dito à BBC "temer pela sua vida" após esta recompensa ter sido anunciada pela cidade-Estado.
Todos estes activistas estão acusados, entre outros crimes, de conspirarem com forças estrangeiras para a insegurança de Hong Kong e a sua desestabilização.
Vários países já vieram condenar este apelo das autoridades de Hong Kong, apoiado pela China, com o secretário dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, a dizer que não aceita qualquer tentativa de intimidação por parte da China a cidadãos instalados no Reino Unido e noutros países. Também Estados Unidos e Austrália se mostraram contra esta atitude das aurtoidades de Hong Kong.
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