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Ucrânia

Chefe do grupo paramilitar Wagner já não ameaça retirar-se de Bakhmut

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner afirmou neste domingo ter recebido a promessa de Moscovo de que iria receber mais munições e armamento para continuar a combater na cidade ucraniana de Bakhmut, depois de ter ameaçado na sexta-feira retirar-se dessa localidade estratégica por falta de meios materiais para combater.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Evgueni Prigojine, a 8 de Abril de 2023, em Moscovo.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Evgueni Prigojine, a 8 de Abril de 2023, em Moscovo. AP
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Afinal, o grupo paramilitar Wagner, entidade considerada próxima de Putin, já não ameaça retirar-se de Bakhmut, localidade que a Rússia tenta controlar desde o verão passado. "Esta noite, recebemos uma ordem de combate. Prometem entregar-nos mais munições e as armas de que precisamos para dar continuidade às operações", indicou hoje numa mensagem vídeo o chefe do grupo, Evgueni Prigojine.

Ontem, o grupo tinha pedido a Moscovo que autorizasse as tropas chechenas a retomar as suas posições em Bakhmut, para os seus homens poderem retirar-se, depois de ter acusado Moscovo na sexta-feira de não fornecer suficientes meios logísticos para continuar o combate. Prigojine tinha nomeadamente denunciado "dezenas de milhares" de russos mortos ou feridos na Ucrânia, a seu ver por culpa do alto comando do exército russo.

Noutra frente, na Crimeia, zona do extremo sul da Ucrânia sob controlo russo, Moscovo refere ter repelido na noite passada um ataque com uma dezena de drones ucranianos contra a localidade de Sebastopol, numa altura em que a Ucrânia está a preparar uma vasta contra-ofensiva com o apoio logístico dos seus aliados ocidentais.

A eventual intensificação do conflito, nomeadamente em torno das zonas conquistadas pelos russos e em particular na zona da central nuclear de Zaporijia, no sudeste, não deixa de suscitar preocupação junto da Agência Internacional da Energia Atómica. Neste domingo, Rafael Grossi, director desta entidade, teceu advertências sobre a situação à volta daquela que é a maior central nuclear da Europa que, do seu ponto de vista, "está cada vez mais imprevisível e potencialmente perigosa".

Na sexta-feira, o governador instalado pela Rússia naquela região, indicou ter mandado evacuar as aldeias perto da zona da central.

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