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Relações Internacionais

Pequim esclarece a sua posição sobre antigas repúblicas da ex-URSS

Lu Shaye, embaixador da China em Paris, é convocado hoje no ministério francês dos negócios estrangeiros depois de colocar em questão a independência efectiva dos estados que eram abrangidos na antiga URSS, ao referir-se à Crimeia na Ucrânia. Declarações feitas na sexta-feira durante um debate na televisão francesa que provocaram indignação e sobre as quais, garantiu uma fonte da diplomacia francesa, deve haver esclarecimentos firmes.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros quis hoje ouvir o embaixador da Chine em França.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros quis hoje ouvir o embaixador da Chine em França. MAE/Frédéric de la Mure
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Durante todo o fim-de-semana, choveram reacções de condenação às declarações do embaixador chinês em Paris. Para além da diplomacia francesa, há pedidos de esclarecimentos por parte dos Estados Bálticos, antigamente incluídos na URSS. De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, o seu país, bem como a Letónia e a Estónia convocam hoje os diplomatas chineses credenciados nos seus respectivos territórios.

Também incrédulo, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrel qualificou estas palavras de "inaceitáveis" e disse que "a União Europeia não pode acreditar que estas declarações traduzem a posição oficial da China".

Sem desmentir abertamente as palavras do seu embaixador em Paris, a diplomacia chinesa distanciou-se desse posicionamento. "A união soviética era um Estado Federal e tinha um estatuto perante o direito internacional; inversamente, depois da dissolução da União Soviética, as diferentes repúblicas passaram a ter o estatuto de Estados soberanos", declarou Mao Ning, porta-voz da diplomacia chinesa, reconhecendo por outro lado que a Ucrânia é um "membro de pleno direito das Nações Unidas".

A China "foi um dos primeiros países a estabelecer relações diplomáticas com os países" anteriormente abrangidos pela antiga URSS, acrescentou ainda esta representante do governo da China, país que ultimamente -recorde-se- tem sido acusado pelos ocidentais de estar do lado de Putin no que diz respeito à sua ofensiva na Ucrânia.

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