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Ucrânia

A Coreia do Sul encara a possibilidade de entregar armas à Ucrânia

A Coreia do Sul encara a possibilidade de estender o seu apoio à Ucrânia em caso de ataque de grande envergadura contra a população civil, declarou hoje o Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol. Este pronunciamento marca uma mudança na posição da Coreia do Sul, país aliado dos Estados Unidos, que até agora se opunha a entrega de armas a Kiev.

O Presidente da Coreia do Sul Yoon Suk Yeol.
O Presidente da Coreia do Sul Yoon Suk Yeol. via REUTERS - POOL
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Em declarações concedidas a jornalistas, o Presidente da Coreia do Sul disse que o seu executivo tem estado a estudar meios de ajudar a defender e a reconstruir a Ucrânia, à imagem do apoio internacional que foi fornecido ao seu país durante a Guerra da Coreia no começo da década de 50.

"Se houvesse uma situação intolerável para a comunidade internacional, como um ataque em larga escala contra civis, um massacre ou uma violação grave do direito da guerra, poderia ser difícil insistir em prestar apenas ajuda humanitária ou financeira", disse Yoon Suk Yeol, marcando um inflexão inédita no posicionamento que o seu país tem mantido desde o início da ofensiva russa na Ucrânia.

Uma mudança que a Rússia lamentou. "Infelizmente, Seul tomou uma posição bastante hostil em toda essa história", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ao avisar que "o início do fornecimento de armas (à Ucrânia pela Coreia do Sul) significaria indirectamente um certo grau de envolvimento neste conflito".

Esta tomada de posição surge numa altura em que Kiev acaba de anunciar hoje a chegada ao país dos primeiros sistemas americanos de defesa anti-aérea Patriot que tinham sido prometidos em Dezembro por Washington. As autoridades ucranianas anunciaram igualmente ter enviado para as frentes de batalha tanques de combate ligeiros AMX-10 fornecidos pela França. 

Além dos sistemas de defesa anti-aérea, os aliados ocidentais da Ucrânia prevêem fornecer-lhe tanques para ajudar o país a efectuar a contra-ofensiva que tem estado a preparar nestas últimas semanas no fito de reconquistar os territórios ocupados no leste e no sul. Uma postura denunciada por Moscovo que acusa Washington e a NATO de estar a conduzir uma guerra por procuração contra a Rússia na Ucrânia.

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