Acesso ao principal conteúdo
Ucrânia / Estados Unidos/ China

China nega querer fornecer armas à Rússia e acusa EUA de "deitar óleo na fogueira"

Wang Yi, chefe da diplomacia chinesa, efectua hoje uma deslocação a Moscovo onde deve abordar com os seus interlocutores um eventual plano de paz na Ucrânia. Ainda antes desta visita, o seu homólogo americano, Antony Blinken acusou a China de pretender entregar armas à Rússia, o que Pequim já desmentiu.

O chefe da diplomacia da China, Wang Yi, nas ilhas Fidji a 30 de Maio de 2022.
O chefe da diplomacia da China, Wang Yi, nas ilhas Fidji a 30 de Maio de 2022. AP
Publicidade

Depois de um fim-de-semana de intensa actividade diplomática na cimeira sobre segurança que decorreu em Munique, o Ministro chinês dos Negócios Estrangeiros deve abordar hoje com as autoridades russas um possível plano de paz para a Ucrânia, a sua visita tendo, segundo o jornal russo 'Kommersant', o objectivo de "aumentar o papel de Pequim na resolução da questão ucraniana".

Ontem em Munique, Wang Yi reiterou um apelo ao diálogo e incitou os países europeus a "reflectir calmamente" sobre uma forma de colocar um ponto final ao conflito, denunciando, por outro lado, sem designá-las "certas forças que, aparentemente, não querem que as negociações surtam efeito e que a guerra acabe rapidamente".

Já hoje, a China desmentiu estar a encarar fornecer armas à Rússia e acusou os Estados Unidos de "deitar óleo na fogueira". "Não aceitamos que os Estados Unidos apontem o dedo sobre as relações entre a China e a Rússia e ainda menos que exerçam pressões", declarou um porta-voz da diplomacia chinesa respondendo às acusações formuladas ontem pelo secretário de Estado americano Antony Blinken que teceu advertências sobre "as implicações e consequências" para a China no caso de fornecer apoio material à Rússia ou de ajudar este país a contornar as sanções internacionais.

No mesmo sentido, o chefe da diplomacia europeia disse que a entrega de armas a Moscovo por Pequim seria "uma linha vermelha". Ao referir ter abordado isso com o seu homólogo chinês, Josep Borrel indicou que Wang Yi "lhe tinha dito que a China não o iria fazer, que não tinham intenção de fazê-lo", mas que a União Europeia "iria manter-se vigilante".

Refira-se que nesta terça-feira o Presidente russo deve pronunciar o seu discurso anual sobre o estado da Nação. Durante esta comunicação que acontece a poucos dias de a ofensiva russa na Ucrânia entrar, no dia 24, no seu segundo ano, Vladimir Putin deveria expor os objectivos do seu país relativamente à Ucrânia, numa altura em que continua renhida a luta no terreno, principalmente no leste do país.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.