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Rússia-Ucrânia

Russos e Ucranianos celebram Páscoa Ortodoxa em clima de guerra

Russos e Ucranianos celebram neste domingo a Páscoa Ortodoxa, a celebração mais importante do calendário ortodoxo, tanto na Rússia como na Ucrânia, em clima de guerra. Entre trocas de acusações e apelos de paz, o leste ucraniano regista neste momento combates sangrentos sem precedentes pelo controlo da cidade estratégica de Bakhmut.

Russos e Ucranianos celebram neste domingo a Páscoa Ortodoxa, a celebração mais importante do calendário ortodoxo, tanto na Rússia como na Ucrânia, em clima de guerra.
Russos e Ucranianos celebram neste domingo a Páscoa Ortodoxa, a celebração mais importante do calendário ortodoxo, tanto na Rússia como na Ucrânia, em clima de guerra. REUTERS - VALENTYN OGIRENKO
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Por ocasião da celebração mais importante do calendário ortodoxo, Kiev e Moscovo procederam por uma troca de prisioneiros. Entre os libertados estão militares, guardas fronteiriços e nacionais, marinheiros e funcionários de serviços especiais, capturados nas frentes de Bakhmut, Soledar, Zaporijia e Kherson, que foram recebidos de volta a casa como heróis em ambos os países.

O presidente do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, celebrou este logro, afirmando que "a quintessência deste feriado é a esperança", algo que foi ressentido pelos familiares dos mais de 130 prisioneiros, que "por tanto tempo aguardavam o seu retorno".

"Os nossos estão a voltar para casa. É Páscoa. A quintessência deste feriado é a esperança. É exatamente isto o que sentiram os familiares dos prisioneiros que esperaram por eles durante tanto tempo", disse Yermak.

Do lado russo, o Presidente Vladimir Putin participou neste domingo das comemorações e saudou o papel crucial de "consolidação" desempenhado pela Igreja Ortodoxa para a sociedade e a juventude. O mandatário agradeceu em especial ao Patriarca Cirilo, que apoiou a sua ofensiva na Ucrânia.

Gostaria de expressar a minha profunda gratidão pelo vosso trabalho incansável e altruísta para preservar valores históricos, espirituais, morais e familiares duradouros, para educar e iluminar os jovens", disse Putin numa mensagem depois de participar de uma liturgia na Catedral de Cristo Salvador de Moscovo.

Durante a Vigília Pascal na Catedral Cristo Salvador de Moscovo o Patriarca Cirilo dedicou uma oração à paz entre os dois povos e apelou a que ambos os lados façam "tudo o que for necessário para restaurar a paz na Ucrânia o mais depressa possível". O patriarca expressou também a esperança de que o povo da Rússia e da Ucrânia restabelecessem a sua "boa convivência, e fortes laços fraternais” entre os povos, que segundo ele “era uma nação em algum momento, habitando um país, a Rússia".

"Tristes acontecimentos, que podem mesmo ser descritos como rixa interna, estão agora a ter lugar na nossa terra histórica russa. Hoje, dirijo-me aos russos e aos ucranianos, particularmente àqueles que se envolveram neste conflito contra a sua vontade: com a força da nossa oração, e das nossas boas acções, e das nossas boas intenções, devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para pôr fim a este conflito o mais depressa possível".

O conflito continua na linha de frente

Entre trocas de acusações e apelos de paz, o leste ucraniano regista neste momento combates sangrentos sem precedentes pelo controlo da cidade estratégica de Bakhmut. Os homens de Prigozhin, do grupo Wagner, anunciaram a captura de mais duas localidades da cidade.

O número de bombardeamentos a locais civis por ambos os exércitos continua a aumentar.

De acordo com oficiais ucranianos, mísseis russos teriam atingido nesta sexta-feira diversos edifícios residenciais em Sloviansk, no leste da Ucrânia, deixando cerca de 11 pessoas mortas e 21 outras feridas. Do outro lado, o chefe interino da República Popular de Donetsk acusou o exército ucraniano de ter bombardeado a Catedral da Transfiguração de Donetsk durante a Vigília Pascal de domingo, provocando uma vítima fatal.

Os principais diplomatas da Europa e América do Norte começaram a chegar a Hiroshima, no Japão, neste fim-de-semana, para a reunião do G7. O encontro servirá sobretudo para discutir as crises mais intratáveis do mundo, incluindo formas de acabar com o conflito russo-ucraniano.

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