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#Suíça

UBS compra Credit Suisse "para a estabilidade do sistema financeiro" mundial

O primeiro grupo bancário suíço, UBS, vai comprar o Credit Suisse, para "restaurar a confiança". As palavras são do Presidente da Suíça, Alain Berset, que fez o anúncio da fusão este domingo e disse que a solução "não é apenas decisiva para a Suíça”, mas “para a estabilidade do sistema financeiro" mundial. Hoje, as principais bolsas europeias abriram em baixa, mas o governador do Banco de França diz que os problemas no Credit Suisse "não afectam os bancos franceses e europeus".

Compra do Credit Suisse pelo UBS foi anunciada no domingo. Zurique, 20 de Março de 2023.
Compra do Credit Suisse pelo UBS foi anunciada no domingo. Zurique, 20 de Março de 2023. AFP - FABRICE COFFRINI
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É o maior banco suíço a comprar o segundo banco do país, o histórico Credit Suisse, nascido há 167 anos. O objectivo era evitar que este entrasse em falência com efeitos de contágio para o resto da banca mundial. E foi o presidente da Confederação Helvética, Alain Berset, quem fez o anúncio da fusão, no domingo, justificando que a solução "não é apenas decisiva para a Suíça”, mas “para a estabilidade do sistema financeiro" mundial. Também a ministra suíça das Finanças, Karin Keller-Sutter, declarou que a falência do Credit Suisse poderia provocar "danos económicos irreparáveis" e que “a Suíça deve assumir as suas responsabilidades além-fronteiras”.

Esta segunda-feira, as principais bolsas europeias abriram em baixa, o que mostra que a aquisição não apaga os receios sobre o sector bancário. Porém, o governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau, garantiu que os problemas no Credit Suisse e que as falhas no sistema de regulação norte-americano "não afectam os bancos franceses e europeus". Em entrevista à estação de rádio France Inter, o governador declarou que "os bancos franceses são muito sólidos" e que "nenhum destes problemas afecta os bancos franceses".

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, considerou que a compra iria “contribuir para restabelecer condições de mercado ordenadas”. Nos Estados Unidos, o Tesouro e o Banco Central mostraram-se também “satisfeitos”.

O anúncio de fusão destes dois gigantes, considerados demasiado grandes para falir, acontece pouco depois do colapso, nos Estados Unidos, do Silicon Valley Bank e de outros bancos regionais e numa altura em que os grandes bancos centrais começaram a subir as taxas de juro para tentar controlar a inflação.

A aquisição será feita por 3.000 milhões de francos suíços (3,02 mil milhões de euros), pagos em acções contra um banco que valia quase o triplo na sexta-feira. A transação também envolve uma garantia pública de 9.000 milhões de francos suíços (9,11 milhões de euros), para servir como seguro caso sejam descobertos problemas em carteiras muito específicas do Credit Suisse. O banco central anunciou também uma linha de liquidez que vai até 100 mil milhões de francos suíços (102 mil milhões de euros) para o UBS e o Credit Suisse.

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