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Estados Unidos

ONG's satisfeitas com saída de Malpass do Banco Mundial

David Malpass, nomeado em 2019 por Donald Trump para a direcção do Banco Mundial, anunciou que vai apresentar a demissão do cargo até ao final de Junho. Várias organizações ambientais mostraram-se satisfeitas com a saída de David Malpass, sublinhado que durante a sua presidência a instituição perdeu tempo na luta contra as alterações climáticas.

David Malpass, nomeado em 2019 por Donald Trump para a direcção do Banco Mundial, anunciou que vai apresentar a demissão do cargo até ao final de Junho.
David Malpass, nomeado em 2019 por Donald Trump para a direcção do Banco Mundial, anunciou que vai apresentar a demissão do cargo até ao final de Junho. AP - Jose Luis Magana
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O presidente do Banco Mundial, David Malpass, anunciou esta quarta-feira, 15 de Fevereiro, que vai deixar o cargo até ao final de Junho, cerca de quatro anos após ter assumido estas funções.

Num comunicado, David Maplpass afirmou que a instituição apresenta, actualmente, solidez financeira e está bem posicionada para aumentar o impacto nos projectos de desenvolvimento face às urgentes crises mundiais.

Todavia, as razões da demissão não foram precisadas, o responsável fala apenas “em novos desafios”.

O décimo terceiro presidente do Banco Mundial, David Malpass, 66 anos, foi nomeado para um mandato de cinco anos em Abril de 2019, sobre proposta do então Presidente Donald Trump.

Na altura, Malpass foi o único candidato para suceder o sul-coreano Jim Yong Kim, que também apresentou demissão, sendo nomeado sem surpresa.

“Os últimos quatro anos foram dos mais marcantes da minha carreira”, sublinhou na carta enviada aos seus colaboradores.

“Clima céptico”

Recentemente, David Malpass foi acusado pelo antigo vice-Presidente americano, Al Gore, de ser clima céptico e de não ter feito esforços suficientes para reforçar o financiamento dos projectos climáticos nos países em desenvolvimento.

Durante uma mesa redonda em Nova Iorque, David Malpass recusou, por três ocasiões, reconhecer o papel das energias fósseis no aquecimento global da terra.

“Não sou um cientista", declarou finalmente.

No entanto, muitos países membros do Banco Mundial estão a ser pressionandos para que a instituição seja uma força principal nas questões de mudanças climáticas.

Várias organizações ambientais mostraram-se satisfeitas com a saída de David Malpass do Banco Mudial, sublinhado que, durante a sua presidência, a instituição perdeu tempo na luta contra as alterações climáticas.

No passado mês de Outubro, uma reforma do Banco Mundial foi lançada, motivada pelos países membros, nomeadamente pelos Estados Unidos, para permitir uma resposta mais eficaz nas necessidades financeiras dos países em desenvolvimento.

A primeira fase deve ser aplicada a partir do início do mês de Abril.

Fundado em 1944, o Banco Mundial, que apoia projectos de desenvolvimento, tem hoje 189 Estados membros e mais de 10.000 funcionários em todo o mundo.

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