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Turquia/Síria

Mais de 11 mil mortos nos sismos na Turquia e Síria

Os sismos ocorridos, na segunda-feira, na Turquia e na Síria já fizeram mais de 11 mil mortos. Na Síria a situação é considerada mais grave devido ao isolamento das povoações e ao facto de se tratar de uma região muito afectada pela guerra que se prolonga desde 2011.

Os sismos ocorridos, na segunda-feira, na Turquia e na Síria já fizeram mais de 11 mil mortos.
Os sismos ocorridos, na segunda-feira, na Turquia e na Síria já fizeram mais de 11 mil mortos. AFP - MOHAMMED AL-RIFAI
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O último balanço provisório dos sismos que atingiram o sul da Turquia e no norte da Síria dá conta de mais de 9.500 mortos. As operações de resgate nos escombros dos edifícios destruídos decorrem nos dois países, mas as equipas de socorro temem que o número de vítimas mortais aumente significativamente.

Na Turquia, novamente milhares de pessoas tiveram de dormir, nos carros ou na rua, debaixo de temperaturas glaciares, com medo de voltarem a casa por não confiarem na segurança dos edifícios, abalados por um sismo de 7.8 na escala de Richter, na segunda-feira de madrugada, seguido de dezenas de réplicas, a mais forte de magnitude 7.8.

O balanço de mortos, actualizado na manhã desta quarta-feira pelos serviços turcos, ultrapassa os 8.500. As autoridades de Ancara dão ainda conta de milhares de feridos.

Dois dias após a catástrofe, as operações continuam à procura de sobreviventes no meio dos escombros. Os casos de salvamento de sobreviventes são, agora, cada vez mais escassos devido às baixas temperaturas que afectam gravemente o trabalho dos socorristas.

Mais de 12 países já enviaram equipas de ajuda humanitária e salvamento para a Turquia.

Na Síria, onde as autoridades e rebelião já confirmaram mais de 2.600 mortos, a situação é considerada mais complicada devido ao isolamento das povoações afectadas pelo terramoto, uma região devastada por mais de 11 anos de guerra.

As zonas atingidas pelos sismos são maioritariamente controladas pela rebelião, os últimos redutos da oposição ao regime de Damasco, onde se encontram milhares de civis, refugiados e deslocados internos que vivem em tendas e dependem da ajuda humanitária.

Segundo a Organização Mundial de Saúde mais de 23 milhões de pessoas podem vir a necessitar de ajuda de emergência nas zonas afectadas da Turquia e da Síria. 

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que 13 milhões de pessoas na Turquia foram afectadas pelos efeitos destrutivos do sismo e em relação à Síria as Nações Unidas garantem que vão utilizar todas "as vias possíveis" para fornecer ajuda aos sobreviventes das zonas controladas pela oposição. 

Os capacetes brancos, socorristas das zonas rebeldes da Síria, imploram ajuda internacional nesta corrida contra a morte, queixam-se de não terem equipamento suficiente e pedem “à comunidade internacional para assumir as suas responsabilidades face às vítimas civis”.

Entretanto, as autoridades sírias acabam de pedir ajuda à União Europeia. O anúncio foi feito, esta quarta-feira, 8 de Fevereiro de 2023, pelo comissário europeu Janez Lenarcic: “esta manhã, recebemos um pedido de ajuda do governo sirio através do mecanismo de protecção civil. Partilhamos este pedido com os Estados-membros da UE e encorajamos os membros a dar seguimento a este pedido de ajuda.

Francesco Galtieri, chefe do Escritório do coordenador residente das Nações Unidas na Síria, em entrevista à rádio ONU, sublinha que “a família humanitária conseguiu imediatamente aperceber-se da situação dramática" e puderam logo “planear uma primeira resposta em apoio aos hospitais e aos serviços nacionais". Neste momento, estão a ajudar nos serviços hospitalares e na logística de encontrar abrigos para os afectados.

01:11

Francesco Galtieri, chefe do Escritório do coordenador residente das Nações Unidas na Síria, em entrevista à rádio ONU

Três estudantes moçambicanos ficaram desalojados na Turquia 

Após os sismos que na segunda-feira abalaram a Turquia e a Síria, três  estudantes moçambicanos ficaram desalojados na Turquia, anunciou o Governo de Moçambique. Maputo garante estar a prestar-lhes apoio. 

A informação foi avançada por Ludovina Bernardo, porta-voz do Conselho de Ministros: “Na Turquia foram identificados três estudantes moçambicanos que neste momento estão sem abrigo e o Instituto Nacional de Gestão de Desastres em coordenação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação estão a trabalhar para criar condições de abrigo e segurança.

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Ludovina Bernardo, porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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