EUA designam grupo Wagner como "organização criminal"
Os Estados Unidos designaram os mercenários do grupo russo Wagner como organização criminal internacional, denunciando as actividades do grupo na Ucrânia.
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De acordo com a Casa Branca, os mercenários do grupo russo Wagner são uma organização criminal internacional “pelas vastas atrocidades e abusos de direitos humanos” cometidosem território ucraniano.
O porta-voz da segurança nacional da Casa Branca, Jonh Kirby, denunciou o uso de armas fornecidas ao grupo Wagner pela Coreia do Norte, sublinhando que os mercenários já enviaram mais de 50 mil homens para a Ucrânia, desde o inicio do conflito, a 24 de Fevereiro.
O responsável anunciou que Washington vai adoptar, nos próximos tempos, sanções contra os mercenários do grupo para-militar, designado de organização criminal internacional, à semelhança de outros grupos ligados aos crimes organizados, como os yakuzas do Japão.
Jonh Kirby referiu ainda que os serviços secretos norte-americanos têm informações de que as tensões entre o grupo Wagner e o Departamento russo da Defesa estão a aumentar.
Muitos observadores afirmam que as divisões foram expostas durante a batalha pela pequena cidade de Soledar, no leste da Ucrânia. Na altura, quando Evguéni Prigojine reivindicou a responsabilidade pela cerco de Soledar, foi rapidamente desmentido pelo Ministério da Defesa da Rússia que anunciou a captura da cidade dois dias depois. A informação foi depois negada pelas autoridades ucranianas.
No entanto, o Kremlin desmente qualquer tensão entre o exército russo e o grupo para-militar, com o porta-voz Dmitry Peskov a falar em "manipulação".
O Grupo Wagner, fundado em 2014 por Evguéni Prigojine, recrutou milhares de presos para combater na Ucrânia em troca de reduções de sentenças.
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