Microsoft anuncia o despedimento de 10 mil pessoas, 5% dos seus efectivos

O gigante informático americano Microsoft anunciou esta quarta-feira que prevê despedir até finais de Março 10 mil dos seus funcionários, ou seja quase 5% dos seus efectivos. A empresa alega que esta decisão se relaciona com as "condições macroeconómicas e as mudanças de prioridade dos seus clientes".

Instalações da Microsoft em Los Angeles, na Califórnia. © REUTERS - Lucy Nicholson

Este novo plano de redução dos Recursos Humanos da Microsoft que prevê igualmente uma redução da sua gama de equipamentos informáticos e do número de espaços de trabalho deveria representar um encargo de 1,2 biliões de Dólares sobre as contas da empresa que espera um aumento das suas receitas de 2,7% sobre um ano. Uma progressão fraca para uma empresa habituada a uma taxa de crescimento com dois dígitos

Numa carta enviada aos funcionários da Microsoft, Satya Nadella, dirigente do grupo, explicou que "se os clientes aceleraram os seus gastos informáticos durante a pandemia", eles agora procuram "fazer mais com menos".

Esta nova onda de diminuição de efectivos acontece pouco depois de a Microsoft ter despedido um pouco menos de 1% dos seus funcionários em Julho, sendo que depois despediu outros mil membros da sua equipa. Já na altura, o grupo fundado por Bill Gates invocou "ventos contrários da economia".

A empresa que diz contabilizar 221 mil funcionários pelo mundo fora e refere ter recrutado 75 mil desde 2019 é apenas um dos numerosos operadores do sector das tecnologias informáticas que têm estado a reduzir os seus efectivos.

Nestes últimos meses, para além da Twitter que em finais do ano passado despediu milhares de pessoas, a Amazon anunciou a supressão de 18 mil postos e a Salesforce, de 8 mil. A Meta, grupo que abrange Facebook e Instagram, também enveredou em Novembro por um plano de despedimentos que diz respeito a 11 mil pessoas.