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Países Baixos

Países Baixos: Mark Rutte pede desculpa pela escravatura

O primeiro-ministro dos Países Baixos apresentou um pedido de desculpas, em nome do governo, devido ao papel que o Estado neerlandês desempenhou durante a escravatura. Mark Rutte defende, igualmente, que a escravatura deve ser considerada "crime contra a Humanidade".

O primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, apresentou um pedido de desculpas, em nome do governo, devido ao papel que o Estado neerlandês desempenhou durante a escravatura.
O primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, apresentou um pedido de desculpas, em nome do governo, devido ao papel que o Estado neerlandês desempenhou durante a escravatura. AP - Peter Dejong
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Num discurso em Haia, o primeiro-ministro apresentou esta segunda-feira, 19 de Dezembro, um pedido de desculpas, em nome do governo, devido ao papel que o Estado neerlandês desempenhou durante a escravatura.

“Peço desculpas em nome do governo neerlandês pelas acções do Estado no passado. Não só aos escravos que sofreram, mas também "às suas filhas e filhos e a toda a sua descendência", disse.

Mark Rutte defende, igualmente, que a escravatura deve ser considerada "crime contra a Humanidade".

A declaração do chefe do executivo neerlandês era aguardada, uma vez que iria abordar a participação dos Países Baixos nos 250 anos de escravatura nas ex-colónias e surge em resposta a um relatório publicado em 2021 sobre este tema.

No passado mês de Setembro, durante uma visita oficial ao Suriname, Em setembro, aquando da visita ao Suriname, Mark Rutte tinha dado a entender que se preparava para apresentar um pedido de desculpas.

O governo deverá anunciar, nos próximos tempos, a criação de um fundo de compensação para financiar projectos nos países onde vivem os descendentes de escravos.

No entanto, quando proferia o discurso, vários ministros do governo estavam em países que foram escravizados como o Suriname, a ilha de Curaçau, África do Sul e Indonésia, para abordarem o assunto com as populações locais.

Durante os séculos XVI e XVII, o comércio de escravos ajudou a financiar o período de prosperidade dos Países Baixos. O país enviou cerca de 600.000 africanos como escravos para a América do Sul para trabalharem em plantações agrícolas.

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