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Timor-Leste

Timor-Leste: Adesão à ASEAN provavelmente em 2023 sob presidência indonésia

Timor Leste vai aderir à ASEAN, Associação das nações do sudeste asiático. Os líderes do bloco, reunidos na capital do Camboja, deram hoje o seu acordo de princípio. Esta era uma velha aspiração de Timor Leste que, este ano, cumpre 20 anos de independência. O respectivo presidente, José Ramos Horta, regozija-se com esta adesão que, a seu ver, irá beneficiar em muito os habitantes do seu país.

Cimeira da ASEAN em Phnom Penh, Camboja, 11 de Novembro de 2022.
Cimeira da ASEAN em Phnom Penh, Camboja, 11 de Novembro de 2022. REUTERS - CINDY LIU
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"Estamos todos satisfeitos, felizes", são as palavras do Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta em declarações à RFI, depois do anúncio de um acordo de princípio da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) para permitir a integração da antiga colónia portuguesa na organização regional.

O objectivo do país é trabalhar afincadamente para poder integrar a associação em 2023 durante a presidência da Indonésia, país que ocupou Timor Leste durante um quarto de século, sempre sob forte resistência, até um referendo de autodeterminação que abriria caminho à independência em 2002, como sublinha José Ramos Horta, o chefe de Estado timorense :

"Queremos entrar formalmente durante a cimeira da Indonésia que assume a presidência em Novembro mas que começa a exercer a presidência a 1 de Janeiro. Temos ainda que cumprir alguns requisitos em termos de economia e de outros procedimentos internos em Timor-Leste para conformar com as exigências da nossa integração. Seria um grande acto de mostrar ao mundo que dois países anteriormente em conflito sangrento conseguem ultrapassar o conflito do passado e desenvolver relações de amizade exemplares e ser a própria Indonésia a presidir a cerimónia de adesão de Timor-Leste à ASEAN."

Até à sua adesão oficial, Timor-Leste terá o estatuto de observador, podendo participar em todas as reuniões da ASEAN, incluindo as cimeiras plenárias, como sublinha José Ramos Horta " a partir de Janeiro, Timor-Leste assumiria um lugar sentado na cimeira ministerial como observador. Provavelmente no decurso do ano de 2023, será comunicado, em consulta connosco, quando será a formalidade da adesão."

O presidente timorense admite que esta adesão será um grande benefício para o país: "A economia vai crescer imenso, vai haver muitas ofertas de emprego... Muitos países vão abrir embaixadas aqui, Timor poderá passar a ter 40 embaixadas." 

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