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Ucrânia

Paris e Kiev chegam a acordo para organização de conferência de doadores

Paris anunciou esta tarde que Emmanuel Macron manteve uma conversa telefónica com o seu homólogo ucraniano, durante a qual chegaram a um consenso sobre a organização no próximo dia 12 de Dezembro de uma conferência bilateral visando mobilizar as empresas francesas a favor da Ucrânia, Paris propondo em seguida acolher no dia 13 de Dezembro uma conferência internacional de doadores.

Emmanuel Macron e Volodymyr Zelensky em Kiev, no passado dia 16 de Junho de 2022
Emmanuel Macron e Volodymyr Zelensky em Kiev, no passado dia 16 de Junho de 2022 © Ludovic MARIN / AFP
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Na sequência desta conversa, o Presidente francês não deixou igualmente de reagir à decisão no passado fim-de-semana da Rússia suspender a sua participação do acordo internacional sobre os cereais concluído no passado mês de Julho com Kiev sob a égide da Turquia e da ONU, Moscovo acusando Kiev de ter bombardeado de forma «massiva» a sua frota na Crimeia anexada. Para Macron, a Rússia está a «prejudicar a segurança alimentar mundial».

Reagindo igualmente a esta nova crise, Erdogan mostrou-se confiante na possibilidade de se resolver o contencioso, apos ter conversado com Putin, sendo que Ancara anunciou igualmente contactos nestes dias com Kiev.

Num momento em que este acordo está prestes a chegar ao seu termo, no dia 19 de Novembro, aumentam os receios sobre eventuais bloqueios de Putin, tanto mais de que ainda ontem Moscovo teceu advertências sobre o «perigo» de se continuar a passar pelo «corredor» marítimo usado para as entregas de cereais sem a sua «luz verde». Apesar disso, esta tarde, a ONU confirmou que 3 navios carregados de cereais deixaram a Ucrânia, com o acordo de todos os intervenientes e com informação prévia à Rússia.

Também no terreno, no âmbito da sua comunicação diária, a presidência ucraniana informou que os bombardeamentos indiscriminados que a Rússia efectua desde o começo do mês passado, provocaram pelo menos 5 mortos, no sul do país.

Paralelamente, segundo as autoridades locais, o fornecimento em água e electricidade foi restabelecido na capital, isto um dia depois de bombardeamentos russos contra infra-estruturas essenciais que provocaram cortes massivos. A autarquia de Kiev indicou todavia que vão ser ainda ser necessários cortes programados de energia para fazer frente às deficiências provocadas pelos bombardeamentos.

Já do lado russo, as autoridades de ocupação de Kherson, no sul da Ucrânia, anunciaram a evacuação de cerca de 70 mil pessoas, em previsão de uma ofensiva de grande envergadura das forças ucranianas.

Refira-se ainda que a Rússia tornou hoje a acusar o Reino Unido de estar na origem das explosões que danificaram em Setembro os gasodutos Nord Stream 1 e 2 no Mar Báltico. «Os nossos serviços de inteligência dispõem de provas sugerindo que o ataque foi dirigido e coordenado por especialistas militares britânicos» declarou hoje à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, antes de acrescentar que o seu país «vai reflectir sobre medidas a serem tomadas».

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