Legislativas na Suécia podem levar extrema-direita ao poder
Os suecos vão hoje às urnas para escolher os novos deputados do Parlamento, com os partidos de direita, incluindo o partido de extrema-direita, Democratas da Suécia, a aproximarem-se nas sondagens da coligação de esquerda, podendo mesmo vir a governar.
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Foi a própria primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, que admitiu que a luta entre a esquerda e a direita é muito renhida nas eleições legislativas que se realizam hoje na Suécia. Magdalena Andersson estava até agora à frente de um governo social-democrata e concorre nestas eleições em coligação com Os Verdes, o Partido de Esquerda e o partido do Centro. Esta coligação de esquerda está à frente nas sondagens, mas por pouco.
Do outro lado, o partido de extrema-direita, Democratas da Suécia, tem vindo a reunir muitos apoios durante a campanha que se centrou em temas como a criminalidade, incidentes entre gangues, aumento do custo de vida e imigração. Assim, a direita, incluindo a extrema-direita, reúne entre 47,6% a 49,4% das intenções de voto, podendo formar também uma coligação para governar o país.
A extrema-direita ganhou mesmo dianteira face ao Partido Moderado, que representa os conservadores no país, podendo ser o partido de direita mais votado. No entanto, a direita tradicional é reticente em coligar-se com os Democratas da Suécia, mas os resultados devem esclarecer que forma poderá tomar o novo governo no país.
O ou a nova primeira-ministra será escolhido a partir do partido ou coligação mais votada e que consiga mais lugares entre os 349 existentes no Parlamento. Para ser investido, um chefe de Governo não pode ter mais de 175 votos contra ele ou ela.
A 01 de Janeiro de 2023, a Suécia assume a presidência rotativa da União Europeia e deve continuar o seu processo de adesão à NATO, iniciado este ano, após a invasão da Ucrânia por parte da Rússia.
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