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NATO

Finlândia e Suécia estão na Turquia a negociar entrada na NATO

Delegações da Finlândia e da Suécia, dois países que querem entrar na NATO, deslocaram-se nesta quarta-feira à Turquia para tentar convencer o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a aceitar essas duas adesões.

Finlândia e Suécia estão na Turquia a negociar entrada na NATO.
Finlândia e Suécia estão na Turquia a negociar entrada na NATO. © AP - JOHANNA GERON
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A novela continua no capítulo político no que diz respeito aos pedidos de entrada na NATO da Suécia e da Finlândia.

A adesão, que parecia ser fácil, acaba por ser mais complicada devido às reticências da Turquia. Para tentar desbloquear a situação, as delegações dos dois países chegaram a Ancara, a capital turca.

Recorde-se que a entrada na NATO implica uma aprovação por unanimidade dos actuais 30 Estados-membros.

Nesses 30 Estados-membros, encontramos a Turquia que já manifestou não concordar totalmente com essas adesões.

A causa? Para o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, esses dois países albergam e apoiam organizações terroristas que têm atacado o Estado turco. Recep Tayyip Erdogan disse mesmo que não valia a pena uma delegação de diplomatas desses dois países vir até Ancara negociar a questão, porque seria uma perda de tempo.

Os países escandinavos, a Suécia em particular, sempre foi um porto seguro de abrigo para todos os que fogem de perseguições políticas na Turquia, e o país tem dado asilo político a muitos curdos. A minoria curda no país é significativa, e existem no país uma grande diversidade de organizações e ONGs que apoiam e financiam projectos e iniciativas, quer no sudeste da Turquia, quer no nordeste da Síria, uma zona controlada pelas milícias curdas sírias do YPG, aliados dos americanos e da coligação internacional na luta contra o Daesh, mas que Ancara diz serem um braço do PKK.

Todos os analistas sugerem que Recep Tayyip Erdogan vai tentar extrair o máximo de benefícios e concessões. 

Uma das exigências poderá ser a venda de armas. A Turquia foi alvo de sanções de diversos países, incluindo da Suécia e da Finlândia, que impuseram restrições à exportação de armas para as forças armadas turcas. Outros países da NATO fizeram o mesmo, mas a posição de força da Turquia poderá permitir ao país o fim desse embargo. A Turquia não aceita que a venda de armas seja recusada. 

Hoje a situação tem evoluído, e as delegações dos três países vão reunir-se. Oscar Stenstrom, o secretário de Estado sueco, e Jukka Salovaara, o seu homólogo finlandês, vão reunir-se com Ibrahim Kalin, o principal assessor presidencial da Turquia, segundo informações avançadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros turco.

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